Racionalismo abstrato em noite estrelada

sábado, fevereiro 26, 2005

Tempo que eu não chorava... não desse jeito, de cansaço, estresse, irritação. Eu lembro de quando eu era mais nova (nooossa, quanto tempo....! =P) e costumava pensar que era super normal o meu sistema de blazin' - sim, porque acabava sendo isso. Eu acumulava, acumulava, acumulava e um belo dia eu gritava com todo mundo e chorava até não poder mais, trancada no quarto. Saía com uma dor de cabeça muito chata, entre os olhos, uma sensação de desconforto, e sabia que ia acordar com olheiras, mas era a minha maneira. E parecia ser eficiente, na época.

Hoje minha barra de especial encheu de novo. Estourei várias vezes ao dia, algumas vezes mais chatas, outras menos chatas. E, agora à noite, chorei um bocado. Mas foi diferente: dessa vez, eu saí me sentindo muito bem. Não estava feliz, pois sabia que nada estava resolvido nem tinha mudado, mas eu estava calma. Não estagnada: calma. Consegui pôr meus pensamentos em ordem, vi o que realmente estava me chateando em alguns campos (porque tem coisas que a gente só vai perceber o quanto chateiam quando a gente solta uma frase de angústia no meio do choro).

O que eu tenho? Muita coisa para responder assim. Nada difícil de verdade, apenas problemas adolescentes, bobagens, atitudes mal tomadas, expectativas em demasia... os problemas não devem ser tão grandes quanto parecem, só o enfoque que não está ajudando. E eu ando ansiosa, briguenta, estourada, sensível. Agora, estou mais centrada. Uma coisa de cada vez: assim a gente não se sente oprimido pelas dificuldades. Estou bem, estou tranqüila. Não precisei partir para o discurso da auto-suficiência e estou feliz por isso. Confiar nas pessoas pode ser bom...

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