Saindo de casa

sábado, dezembro 23, 2006

To me sentindo como se estivesse fazendo tudo errado. "Como se estivesse" não, eu estou fazendo tudo errado. Mas eu estou cansada, e me sentindo tão, tão, tão despreparada pra lidar com tudo isso. Queria uma ajuda, um apoio, um direcionamento. Cadê meus pais nessa hora? Onde eles estiveram esse tempo todo? Não me sinto preparada pra fazer tudo sozinha, e cada vez mais as responsabilidades ficam maiores e eu aqui, perdida. Que droga. Por que os adultos não criam seus filhos para que eles saibam se virar sozinhos? Os meus adultos, pelo menos, não deram muita bola pra essa coisa de "criar cidadãos", ou "criar para a vida", essas frases bonitas. Na verdade, nem sei se deram muita bola pra esse papo de criar filhos...

Queria presença, apoio, conselhos. Dicas. "Faz assim", "faz assado", "desse jeito aqui funciona". Mas só tenho indiferença e tapas na cara.

Acho que já vou tarde...

Gatinhos

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Ontem os gatos assistiram pela primeira vez ao Karajan regendo a Filarmônica de Berlim nas Quatros Estações. Morreram de medo, tadinhos. Janus saiu correndo e se escondeu do outro lado do quarto logo nos aplausos do início. A Schala ficou curiosa, intrigadíssima: mas música não saía daquele outro aparelho? Esse passava só imagens e ruídos! Ela ficou assistindo um tempo, acho que chegou a ver o Verão inteirinho sentada na frente da TV. Uma graça.

De madrugada e de manhã, eles destruíram o quarto. Eu só ouvia os barulhos de papéis caindo no chão, gatos correndo alucinados pelo quarto, CDs derrubados. Até o anti-social do Janus resolveu encher meu saquinho e morder meus dedos do pé enquanto eu dormia. Resultado: cansaço absoluto, um quarto hiper bagunçado e crianças dormindo, quietinhas, agora à tarde. Eu mereço...

Resumo

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Dia tranqüilo, Natal chegando. Passeio com mãe, compras com mãe. Chateação com mãe - mas ela não percebeu, então tudo bem. Presente pra mãe. Gripe chata. Gatos na cama. É, no plural: Janus tá sociável. Muito sono de dia, nenhum sono agora à noite. Namorada fofa. Não-fome. Ensaio, apresentação amanhã. Ordem cronólogica de merda essa, hein? Enfim. Menina dorme na cama ao lado, eu no computador. Sem sono. Vontade de abraçar...

Sobre entrega

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Eu me entreguei, me doei. Arrisquei tudo: agora é hora. Eu sabia que gostava muito mais de ti do que aquilo que eu andava sentindo, mas morria de medo. Foda-se o medo, eu quero que ela saiba, pensei. E foi. Dei tudo que podia dar, é até ridículo falar isso, foi só uma noite - mas pra mim não foi só uma noite. Foi minha alma, meus sentimentos, meus medos, minhas emoções, meu coração, meu corpo, meus traumas e minhas vontades. Foi intenso, como era no começo, e como eu me esforcei tanto para esconder. Mas esconder tudo isso estava me matando e estava nos matando, então resolvi mostrar. Abri tudo. Te dei tudo. Fiquei vulnerável, e agora essa palavra me parece tão mais vulnerável do que me parecia antigamente, talvez porque hoje eu saiba os riscos dela. Mas quem liga para o tamanho da queda? Eu queria que soubesses. E explodi de um jeito que tu nunca tinhas visto, e não sei se vais ver algum dia de novo. Esses momentos costumam não voltar.

Hoje eu só queria ter certeza de que tinhas percebido. Queria que tu demonstrasses, "estou disposta". "Pode vir, eu te seguro". "Vai dar tudo certo", e "sim, vale a pena". Mas não foi isso que aconteceu.

Normalmente eu andaria a cidade inteira. Iria parar no eixão, ficaria dando voltas na cidade. Mas lembrar dos gatinhos me fez vir direto para casa.

Espero que você tenha uma boa noite.

Coisas enormes, fim de dia estranho

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Cansada, chateada, irritada... tudo tá ótimo, mas o fim do dia foi o erro. O que foi que aconteceu que eu não vi? Só sei que uma hora estávamos as duas no carro, sem se falar, o clima terrível. E nenhuma das duas estava errada, ou certa, e nenhuma das duas tinha por que pedir desculpas (droga de mania a minha de pensar se há certos e errados, o mundo não se divide nisso). E sei lá, uma droga.

A gente deveria estar comemorando, estourando champagne, fazendo amor. Se fofinhando, e sem gatos no meio (já teve gato demais hoje). E tá tudo esquisito.

Odeio quando não consigo conversar com ela pelo MSN. O assunto não vem, as frases não saem, e a conversa fica parada. E, mesmo quando ela fala, eu não sei o que dizer. Que merda, será que eu desaprendi a namorar?

Gosto dela, e o dia deveria terminar bem. Coisas enormes hoje, será que bateu o peso da responsabilidade? Vamos ser gente grande agora. E eu gosto da idéia de isso estar acontecendo com ela. E, mesmo quando a gente briga (ou seria especialmente quando isso acontece?), eu tenho certeza de que a gente se merece.

De volta!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Blog de volta.

Com 3 blogs pela internet, esse fica sendo o meu espaço pessoal e de Águeda "inteira". (Posso dizer que é um blog holístico?) Não só a lésbica, não só a agressiva, não só a apaixonada. Toda-Águeda.

Inclusive as coisas chatas que ninguém quer saber, como gatos e universidade. Mas quem se importa? Esse blog nunca quis ser pop.

Volta a ser um registro dos meus dias.

 
Odeio Cócegas - by Templates para novo blogger