Sobre o 1o namoro (pois todos são primeiros)

sábado, outubro 16, 2004

O difícil de relacionamentos é que você nunca sabe como ele deveria estar caminhando. Por mais que tenhas tido mil relacionamentos, o de agora é sempre o primeiro, com suas peculiaridades, com seu ritmo. Como comparar 2 namoros, 2 pessoas diferentes? Não há como. Como saber se o namoro está indo bem? Como saber se a insatisfação é algo passageiro ou se o amor já acabou?

Namoros podem terminar de maneiras bem complicadas. As vezes nas quais eu e o Fillipe terminamos tiveram como motivo insatisfação minha. Queria algo diferente, algo mais... mas morria de medo de largar o certo pelo (mais que) duvidoso, e acabava voltando atrás. As dúvidas silenciaram, mas não desapareceram: estou com ele por costume e pelo sentimento de segurança ou porque eu realmente gosto dele? O amor ainda é suficiente para um namoro ou nós estamos com uma grande amizade?

Não sinto mais o que eu sentia antes, isso é fato. 3 anos é muita coisa, eu mudei muito, ele mudou muito... o sentimento muda também. Mas será que o que eu sinto agora é o bastante?

Estou numa fase muito ruim com a Universidade, e isso afeta todas as esferas de minha vida. Sou uma pessoa muito ligada ao meu trabalho, adoro estudar, e por isso fico tão mal por meu desânimo com a UnB. Meu namoro terminou pela 1a vez no ano passado, nessa mesma época, também porque eu estava mal com muitas coisas. Seria incompetência minha? Talvez eu só precisasse esperar a poeira baixar. Mas, em tempos de crise, minha reação sempre parece ser afastar as pessoas.

Ou talvez não... de repente, estava chegando o fim mesmo. Quem sabe? Eu só posso comparar um namoro com meus sonhos, com o que eu esperava que ele fosse. Se ele estiver muito distante disso, talvez seja mesmo hora de terminar. Ou talvez eu fique com esse ideal de namoro para sempre, sem nunca encontrar quem satisfaça todas as condições que eu criei...




Um pouquinho sobre a Roda da Fortuna:

"E quanto a mim, é o desejo sempre insatisfeito dos homens que pretende me obrigar a fazer prova de uma constância incompatível com minha própria natureza! Minha natureza, o jogo interminável que jogo é este: virar a Roda (da Fortuna) incessantemente, ter prazer em fazer descer o que está no alto e erguer o que está embaixo: Sobe se tiveres vontade, mas com uma condição: que não consideres injusto descer, quando assim ditares as regras do jogo. Ignoravas mesmo a minha maneira de agir?" (BOÉCIO: op. cit., Livro II, II.3, p. 29)

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