quinta-feira, dezembro 23, 2004
"O DIABO - Imagem Arquetípica da Sombra (Alter Poder) - Jung dizia que para se trabalhar a Sombra, era preciso integrá-la psiquicamente. Fazemos exatamente o contrário, tentamos negá-la. Aqui nesse estágio, podemos fazer do outro, da vida, de nós mesmos, o Bode Expiatório. Sucumbimos diante dos apelos de Fausto (citando Goethe), se não o entendermos. Assim o maior desafio começa na integração de nossa Sombra, que nos engana, por apenas imaginarmos imagens de luz. É preciso transcender o próprio dualismo da natureza. Eis uma Zona de Poder. O que chamo de Alter Poder, é a capacidade obscura que existe em nós e desconhecemos. O outro lado do poder. Digamos, o lado mais perigoso dessa natureza. Como diz o ditado: "o diabo mora nos detalhes"."
A parte difícil de uma vida religiosa pagã... mudar conceitos, recriar a visão de mundo, ver a dualidade e a unidade em tudo, correspondências, deixar cair o véu entre mundos... tudo isso é mais fácil do que aceitar a Sombra, o Lado Negro. Integrar a Sombra é o quê, afinal? É viver em harmonia com ela, em equilíbrio? É aceitar que ela existe? Ou é deixar ela se soltar às vezes e entender que isso também és tu? Acho engraçada esse idéia de bem e mal separados, mas enxergar isso em algo externo é simples... enxergar em mim... é um pouco mais complicado. Passamos tanto tempo tentando ser perfeitos, e a perfeição na verdade é quando a balança está completamente pendente para um dos lados... equilíbrio... ai... mas como é duro reconhecer e aceitar nossos defeitos e limitações... e, mais que isso, aceitá-los... é aquela coisa... se alguém põe o dedo na ferida... vais ficar com raiva? Não deverias... se aceitas tua Sombra... não mesmo... e eu vejo que isso está tão, tão longe de mim...
Legião... eu costumava *odiar* Legião Urbana, mas essa música deles é foda. Vai aí...
QUASE SEM QUERER
Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso.
Só que agora é diferente:
Estou tão tranquilo
E tão contente.
Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém.
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira.
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos.
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você estava chorando
E foi então que percebi
Como lhe quero tanto.
Já não me preocupo
Se eu não sei porquê
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê
E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.
Hoje eu estava voltando pra casa e ouvi uma música que eu tenho uma paixão enorme, e o engraçado é que eu peguei só o finzinho dela, que tem mais uma daquelas frases-chaves... (qual o plural disso? O.o)
ENCONTRO DAS ÁGUAS (só o fim)
Quem eu sou
Pra querer
Entender
O amor?
Mais sobre "coincidências"... ontem eu escrevi sobre CDs com músicas perdidas neles... hoje eu descobri que tenho uma gravação da Barcarolle de Rachmaninoff para 4 mãos, que eu vi em Juiz de Fora sendo tocada pelo Thiago e pelo Eduardo. Linda, linda, linda aquela música... me arrepia toda... me confidencia tanta coisa, deixa escapar aquela tristeza com um leve brilho de quem gosta de sua condição... ai! Eu e minhas paixões românticas...
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