No final das contas, é apenas medo

domingo, junho 11, 2006

Ando cansada dessa existência...

pra que acordar? por que? por quem?

As coisas não fazem sentido. Nunca fizeram, mas um dia eu acreditei que fizessem.

Não há motivos para nada, só há o medo.



xxx



SE TE QUERES
(Fernando Pessoa)

Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...

A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é coisa depois da qual nada acontece aos outros...

Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...

Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste.
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.

Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência! ...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?

Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?

Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?

És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjetividade objetiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?

Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?

Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?

Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente,
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células noturnamente conscientes
Pela noturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atômica das coisas,
Pelas paredes turbihonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...

Estrelas

sábado, junho 10, 2006

O que eu mais gosto de chegar em casa não é a minha casa. É o que está do lado de fora, com olhos brilhantes, andar elegante e sempre desconfiado. Desconfiados, na verdade, porque são alguns, e não um. Lindos, lindos, adoro eles, e eles sempre me trazem uma sensação de paz, mesmo nos piores dias. Ou nas piores noites, como a noite que não tinha estrelas.

(Hoje tinha...)

I should be sleeping...

sexta-feira, junho 09, 2006

e pensando em inglês.

Boa sorte pra mim amanhã!

vida/morte

terça-feira, junho 06, 2006

CADA UM
(Fernando Pessoa)

Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,

E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que deseja,
Nem deseja o que cumpre.
Como as pedras na orla dos canteiros
O Fado nos dispõe, e ali ficamos;
Que a Sorte nos fez postos
Onde houvemos de sê-lo.
Não tenhamos melhor conhecimento
Do que nos coube que de que nos coube.
Cumpramos o que somos.
Nada mais nos é dado.



***



Não quero fazer minha prova... quero descansar.

Fechado.

sexta-feira, maio 19, 2006

Sol em conjunção com Urano no mapa composto

domingo, maio 14, 2006

"This relationship will challenge the very core of your beings. All your ideas about yourselves and how you fit into other people's lives, as well as life in general, will be tested very severely. If you are strong and secure in yourselves, you both will learn a tremendous amount through this relationship.

Do not expect this relationship to follow any particular established patterns, for you will define for yourselves new behavior patterns that fit only the two of you."



Isso me guia há tanto tempo...



(Amo e quero bem. Sempre. E para sempre presente em minha vida.)

Sábado com cara de sábado

sábado, maio 13, 2006

Mais ou menos assim, aquela rotina legal.

Dia bom...

[Quero meu DVD!]

A suposta existência

sexta-feira, maio 05, 2006

Como eu sei que estou viva?

Na verdade não sei. Não tem como saber. A gente só chama essa existência aqui de vida. Aliás, nem sei se é "a gente", o mundo todo pode ser uma criação minha, e apenas minha. Ou então eu sou um personagem de um livro, e a criança que tá lendo pode cansar de ler a qualquer instante, e plim! Eu, e você, a internet, as árvores e a camada de ozônio desaparecem.

Qual será a sensação de desaparecer? Será que é como morrer? Você não deve sentir nada. Talvez você já tenha morrido muitas vezes durante sua vida. De reprente a criança já fechou o livro e já voltou a ler inúmeras vezes, mas não tem como a gente saber, porque a gente simplesmente deixa de existir, não há consciência para saber, não há dor para sentir. Ou então a gente morre toda vez que dorme, e outras Águedas e Mayras e Henriques e Lobos acordam em um universo paralelo, e quando eles dormem a gente acorda, e claro que o tempo passa diferente. E pode ser também que cada vez que a gente pisca todo um universo nasce e morre, o tempo não é assim como a gente acha. Podemos ser gigantes. Ou formigas. Ou pedaços de energia e informação, matrix, ilusão. Nada.



***



Tive sonhos estranho, de novo. Muita água e sempre presente a morte, e com ela ilusão, apego, solidão, dor. Acho que os sonhos querem me dizer alguma coisa que eu finjo não entender.

De novo, dessa vez mais forte.

quinta-feira, maio 04, 2006

Cansada.

Na verdade, morta.

Crise de novo. Até já enchi o saco de falar sobre isso. Mas dessa vez foi foda...

Eu não tenho para onde ir. Se não for Música, não tem o que ser. Ao menos uma certeza eu já tenho...

Será que eu agüento o que tem por vir? Não tenho idéia. E eu tenho um semestre pra descobrir/decidir se eu consigo passar por isso ou não.

Eu sei que não quero... mas o que será que pesa mais nessa balança?

Não quero pensar que perdi tempo, que poderia ter mudado de opção há muito tempo, isso só me deprime. Aaaaaaaaaaah! Como decidir? Que ódio! Tá tudo errado. O que eu tô fazendo lá?

Mas se não for isso vai ser o que? Bacharel em piano? Eu agüento os 7 níveis de piano + estágio?

Não sei mais de nada... estou até pensando em ir pra Belém terminar o curso em um lugar menos "estamos aqui para formar educadores musicais freirianos, dialógicos e emancipadores".

...

Monstro

terça-feira, maio 02, 2006

Pode me chamar assim. Vai ser verdadeiro.

Eu sou tudo o que dizem e muito pior.

Por isso me saboto, me machuco, me queimo, pra ver se a nova carne vem melhor.

Mas nunca vem.

Ela é sempre cruel, vingativa, mesquinha, egoísta.

O problema não está na carne.

O problema é o espírito.

E o espírito não muda. Nunca mudou. Sempre volta para o que era antes. Cruel, vingativo, mesquinho, egoísta. E todos os nomes que você quiser chamar. Vai ser verdadeiro. Monstro.

Agora eu tenho um registro das minhas faltas!

quarta-feira, abril 26, 2006

Quarta-feira sem Antropologia da Arte é quarta-feira sem UnB.

Os sonhos foram ruins, mas todo o resto foi muito bom.

E as crianças tocam Summertime.

Incrível!



***



(Melhoras procê...)

Guia

terça-feira, abril 25, 2006

Águedas são bichinhos muito raros. Se você encontrar uma, pense bem antes de adotá-la: elas dão trabalho e, se não forem bem educadas, podem ser muito críticas, orgulhosas e irritantes. Agora, se você estiver disposto a ter como companhia um ser artístico, carinhoso, sensível e extremamente fiel, leia o guia abaixo.



1. Quando uma Águeda diz que não quer fazer alguma coisa, não insista. Elas são muito teimosas e costumam ficar chatas, resmungonas e mal-humoradas.

2. As Águedas são gulosas, o que não significa que elas sempre sabem o que querem comer. Preste atenção na sua Águeda e veja o que ela parece mais inclinada a comer no momento. Se ela não quiser tomar café da manhã, almoçar ou jantar, veja se ela está comendo besteira fora de hora ou se ela enjoou da comida de casa (é comum).

3. As Águedas não agüentam rotina por muito tempo. Aproveite os finais de semana para fazer programas variados, mesmo que seja ficar em casa assistindo DVD. Águedas também costumam adorar surpresas.

4. É muito freqüente as Águedas ficarem frustradas quando os planos delas dão errado, mesmo que o plano seja "ir para a aula hoje". Não há muito a se fazer quando isso acontece, apenas mudar o foco da conversa para outra coisa.

5. Águedas odeiam coisas pela metade. Nunca deixe uma conversa inacabada nem tente convencê-la de fazer trabalhos de pouquinho. Águedas não são nada disciplinadas e precisam de energia e pressão para fazer tudo de uma só vez.

6. Todas as Águedas são carentes. Muito. Demonstre o que você sente pela sua. Já foram relatados casos de Águedas que destruiram o trabalho dos donos só para receber carinho e atenção. Estar ao lado de uma Águeda sem fazer nada *não é* dar carinho e atenção, a não ser num dia excepcional, como um domingo ao lado da piscina.

7. As Águedas são seres muito higiênicos e odeiam se sentir sujas. Se uma Águeda acha que está com o cabelo oleoso, nada irá convencê-la de ir para a aula. Ela ficará em casa para tomar banho.

8. Águedas tristes e em crise podem ser insuportavelmente falantes, choronas e repetitivas. Se você não tem paciência para lidar com os picos de humor, encaminhe sua Águeda para alguém que esteja disposto a ouvir o que ela tem a dizer.

9. Você não vai conseguir nada de uma Águeda sendo rude ou grosseiro. Educação e sensibilidade são essenciais, sempre.

10. Águedas precisam de momentos de epifania cíclicos. Não diminua nem desconsidere suas experiências místicas/religiosas - elas são muito importantes para o desenvolvimento saudável da Águeda.



Enfim, proporcione um ambiente agradável, carinhoso e sensível para sua Águeda. Também cuide para que ela durma em quartos aconchegantes e limpos e para que tenha uma alimentação que a agrade. Assim sua Águeda crescerá feliz e desenvolverá todo seu potencial artístico-intelectual-religioso-pessoal, tornando-se no futuro uma companhia equilibrada, carinhosa, dedicada, fiel, corajosa, sensata e amorosa.

Amo essa música! Harmonia linda...

domingo, abril 23, 2006

ELA VAI VOLTAR
(Charlie Brown Jr.)

Minha mente nem sempre tão lúcida é fértil e me deu a voz
Minha mente nem sempre tão lúcida fez ela se afastar
(2x)Mas ela vai voltar

Ela não é o tipo de mulher que se entrega na primeira
Mas melhora na segunda e o paraíso é na terceira
Ela tem força, ela tem sensibilidade, ela é guerreira
Ela é uma deusa, ela é mulher de verdade
Ela é daquelas que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda e perde a linha na terceira
Ela é discreta e cultua bons livros
E ama os animais, tá ligado eu sou o bicho

Minha mente nem sempre tão lúcida é fértil e me deu a voz
Minha mente nem sempre tão lúcida fez ela se afastar
(2x)Mas ela vai voltar

Deixa eu te levar pra ver o mundo baby
Deixa eu te mostrar o melhor que eu posso ser(2x)

Fazer da vida o que melhor possa ser
Traçar um rumo novo em direção ao sol
Me sinto muito bem
Quando vejo o pôr-do-sol
Só pra fazer nascer a lua

Minha mente nem sempre tão lúcida é fértil e me deu a voz
Minha mente nem sempre tão lúcida fez ela se afastar
(2x)Mas ela vai voltar

Pegando o ritmo

quinta-feira, abril 20, 2006

Nhaaaaa!! Nem queria 28 créditos... nem tava feliz com eles mesmo! 24 tá bom, pelo menos eu não fico louca. Bolas. Porcaria. Não é como se eu tivesse esperando por 5 semestre pra pegar Regência, que é isso. Pffff, imagina! Quem ficaria tanto tempo esperando? E conhecendo o departamento de música, quem ficaria feliz ao pegar a tão esperada matéria? Sempre tem algum problema, algo atravancando o caminho. Porcaria. Droga.

Sem Regência 1 esse semestre. Ódio.



Faz muito tempo que eu não posto música. Cranberries.


I STILL DO
(Cranberries)

I'm not ready for this
though I thought I would be
I can't see the future
though I thought I could see
I don't want to leave you
even though I have to
I don't want to love you
(Oh, I still do...)

Need some time to find myself
You wouldn't live with it
Can I go my own way?
Can I pray my own way?
I don't want to leave you
Oh, I need you

Am I ready for this?
Did I think I would be?
Can I see the future?
No, I can't see

I don't want to leave you
Even though I have to
I don't want to love you
(Oh, I still do...)

Vinho

quarta-feira, abril 19, 2006

Eu to cansada, cansada, cansada, cansada, cansada... Muito, muito cansada. Mas agora estou melhor. De qualquer maneira, vou dormir cedo hoje. Amanhã o dia é longo de novo...



(Obrigada por tudo hoje... e por tudo sempre, por todas as coisas que eu não agradeci e que eu ainda quero conversar numa tarde contigo, só pra relembrar todas as coisas legais. Porque elas existem aos montes, ao contrário de tudo que eu possa ter dito nos meus piores momentos. Aliás, desconsidera eles. Considera isso aqui: obrigada. Muito. Por tudo. Por muito mais do que possas querer imaginar. És muito importante pra mim. 20.1.)

Coça, coça

Comprovado.

Eu sou um ser curioso.

Tipo um gatinho, sabe?

Só que nem sempre tão ingênuo.

Não vou fazer isso, não vou, não vou.

Post duplo (2a vez)

domingo, abril 16, 2006

Ou então a gente resolve admitir o que sente e tenta recomeçar.

Mais leve...

vazio transbordando, água

Por que essa sensação de vazio?

Por que essa tristeza?

Eu sinto como se fosse um esforço descomunal. Cansa, dói.

Se eu fico longe melhora. Não penso. Não tenho a realidade jogada na minha cara.

Os sentimentos me tomam por completo, me inundam. Não consigo controlar. Tudo aflora.

E assim eu choro.

Fim de ciclo

sexta-feira, abril 14, 2006

A viagem está chegando ao fim, e eu posso não falar sobre ela? Quero resumir com "foi tudo ótimo, adorei a semana, era tudo que eu precisava". Fui a museus, boates, concerto, show, comprei roupas, conheci gente, fui atacada por um cachorro, enfim, foi bom.

Posso não falar sobre surtos? Eu juro que eles foram bons. Não na hora, claro. Mas foi melhor desse jeito.

Ainda me sinto muito dividida entre racional e passional. Por isso piro às vezes. Dessa vez olhei pra trás e não entendi nada, nada, nada mesmo. Isso me deixou preocupada... preciso ocupar minha mente, me distanciar disso que tanto me faz mal. O que, na verdade, sou eu mesma.

Eu sei que tudo foi muito bom aqui e valeu a pena. A cabeça ainda tá louca, mas devagarinho ela volta pro lugar - sim, já existiu esse equilíbrio! Eu só quero agora voltar pra casa, brincar com meus gatos e pensar no semestre que tá começando. Quero fazer tudo direito, tá na hora já, essa é a reta final. E olha só, volto no sábado. Sabe o que isso significa? Que domingo tem Barulho!

em São Paulo

domingo, abril 09, 2006

Mundo louco, louco.

Viagem decidida com menos de 24hrs de antecedência.

E a ansiedade é mais forte agora do que quando pulei do morro de sei lá quantos metros.

Estou bem agora.

É engraçado, cada vez mais eu percebo que sou o que eu sou.

E, apesar de tudo estar mais tranqüilo agora, toda vez que olho pra ela eu fico inquieta.

O sentimento tá diferente.

Mas ela é tão linda...

Medo, não quero mais ter medo.

sábado, abril 08, 2006

Já perdi o controle de tudo.

Extremos, extremos. Eu não percebo como chego neles. Só vejo quando estou.

Já tentaram correr de olhos fechados?



***



Amanhã estou viajando de novo. Desejem-me boa viagem.

Se ajuda a compreender o sentimento

quarta-feira, março 29, 2006

Eu na terapia cerca de 1 mês atrás:

Psicóloga: Se esse fim de semana, você fosse para uma festa, e se interessasse por alguém lá, você ficaria com a pessoa?
Eu: Não.

Psi: Por que? Vocês não terminaram?
Eu: Porque eu ainda me sinto comprometida, o pacto de fidelidade ainda tá aí, o compromisso tá todo aí. E eu sei que ela ficaria péssima, é uma coisa que eu tenho certeza, ela é muito traumatizada com isso, eu não faria isso com ela nunca.

Psi: E ela? Você acha que ela ficaria com alguém?
Eu: Não. Tenho certeza que não. Ela sempre teve isso muito certo pra ela, ela é ética demais pra fazer uma coisa dessas tão cedo, teria que ser discutido e conversado antes. Eu sei que ela não ficaria com ninguém.

Psi: Hm... complicado, né? Pacto de fidelidade sem namoro... quanto tempo será que isso dura?



***



Por que eu me sinto como ela em 2004?

Confiança quebrada...

Chorando a noite inteira.

terça-feira, março 28, 2006

Confiei demais em promessas difíceis de se manter.
Acreditei cegamente em algo que não pode ser controlado.
"É assim que as pessoas acabam ficando com outras em fins de namoro", eu cheguei a dizer no telefone.
Elas não fazem por sacanagem.
Elas estão sensíveis, tristes, precisam de carinho.
É assim que acontece.
So what difference does it make?

Dois pesos, duas medidas.
É como eu me sinto.
Se fosse o contrário, como você estaria se sentindo?

E tudo aquilo que eu acreditei, está onde?
Todas as verdades que eu comprei - e que não eram as minhas -
o que eu faço com elas agora?
Jogo no lixo e volto a ser a Águeda que eu era antes de te conhecer?
Eu não quero isso...
Eu sei que mudei muito para melhor contigo.
Quero acreditar que o teu mundo é possível.
Mas como eu posso acreditar nisso
se as leis não se aplicam do mesmo modo para mim e para ti?

Por que é diferente?
Só quero que me respondas isso.
Porque, ao meu ver, não é.

Segundo a minha lógica anterior, não tenho direito de me sentir mal.
Quando terminei o namoro abdiquei de todos os direitos, inclusive esse.
Essa lógica antiga é que ainda me deixa com os pés no chão.
Se não fosse por ela, acho que eu já teria outras feridas por cicatrizar.

Louise

terça-feira, março 07, 2006

Não sei por onde começar. A história na verdade não tem começo, eu tenho para mim inclusive que ela nem começa, ela só é. Talvez se inicie na pré-adolescência, quem sabe na infância, ou ainda (é possível) numa sessão de terapia de auto-conhecimento. Não sei onde, quando, porquê. Sei que, se é pra começar de algum lugar, eu começo dizendo que gosto de gatos.

Eu nunca pude ter um gato em casa, então me acostumei a ficar admirando os bichanos de longe. Tinha medo de chegar perto, achava que eles eram criaturas instáveis, poderiam me arranhar, machucar. Mas sempre os achei lindos, e criei uma certa identificação com eles. A destreza, a desconfiança, o andar felino, os olhos que parecem atravessar sua alma. E ainda tem todas as lendas e mitos sobre gatos, e a enorme conexão com magia. A ligação com o mundo do éter, do intuitivo, do inconsciente, da sabedoria profunda, dos medos, dos mortos, de Perséfone. É, eu tinha muita coisa em comum com os gatos, embora só eu soubesse - ou melhor, nem eu soubesse.

Agora registro meu marco temporal, apesar de esse marco ser fluido. Um dia algo aconteceu. Simples assim, mas tão mais complexo do que isso, pois era uma rede de vivências e paixões, não aconteceu algo em um dia, aconteceram vários algos em muitos dias de minha vida que culminaram nesse dia sobre o qual vos falo agora. Peço desculpas pela prolixidade, mas apenas tento passar minhas sensações mais verdadeiras sobre o ocorrido: não foi em um dia que aconteceu, foi em muitos, o tempo não é nada nessas horas de epifania, gosto dessa palavra, epifania. Nesse dia, olhe só, eu vi um gato morto.

O que há de novo em ver um bicho morto nas ruas da cidade?, vocês podem questionar. Nada, eu responderia. Nada. Mas Vinícius me vem à cabeça, "nada parece mais com o fim de tudo que um gato morto", e acho que naquele dia, que não foi um, foram vários, eu compreendi esse soneto, por sinal, o soneto com a chave de ouro mais dura que eu conheço, não que eu conheça muitos, mas enfim. O gato estava lá, no chão, no meio da rua, tinha sido atropelado, os olhos saltados, o corpinho amassado, deformado, grudado ao asfalto, sangue por toda a parte. Nó na garganta. Queria chorar, não entendia por que, o gato nem era meu, e ainda por cima era um gato! Logo eu, que tinha aprendido desde cedo, como uma boa criança de classe média, a olhar para o outro lado quando uma pessoa morria de fome ao meu lado na rua, agora submergia em mim tentando manter a postura firme, não vou chorar, não sou louca, não há motivo.

xxx

Onze da noite, está na hora. Os gatos devem estar esperando, eles agora esperam por mim embaixo dos carros aqui na frente de casa, há vários gatos de rua aqui pelo conjunto, eles hoje não precisam revirar o lixo. É difícil ganhar a confiança deles, eles são ariscos, mas quando estou sozinha com eles me sinto plena, como se tudo estivesse no seu devido lugar, e eu fosse mais um espírito de gato no mundo, eles que ainda não perceberam. Divido minhas tristezas e paixões com eles, finalmente sinto como se alguém estivesse cuidando de mim, estou protegida - provavelmente uma inversão de valores, considerando que os gatos nem chegam muito perto de mim, mas quem espera sanidade de alguém que chorou ao ver um gato morto? Um deles parece demonstrar mais confiança, ou quem sabe ingenuidade, não deve estar há muito tempo nas ruas até porque parece ser filhote, lindo, todo tigradinho, acinzentado. Mais tarde descobri ser uma menina, e a batizei para mim mesma de Louise.

xxx

A vida não se dá em ciclos, pois ela é uma face desse ciclo, é a Existência que se dá em ciclos de vida e morte, ou a Não-Existência, dependendo do ângulo que você olha, afinal, elas também se dão em ciclos. É tudo uma grande espiral, e nessa espiral os momentos se repetem, às vezes repetições tão diferentes entre si que somos incapazes de perceber a semelhança, às vezes cruelmente similares, como se surgissem para te testar, é a Roda da Fortuna, hoje é seu dia de azar, "o Fortuna, velut luna, statu variabilis".

Nesse dia, que também foram vários dias, mas que no calendário corrente foi apenas um dia, e bem distante daquele primeiríssimo, vi um gato morto. Não deveria ser outro dia, por favor, diga que o tempo está voltando, isso não aconteceu, eu já passei por isso! Mas não por um gato que você tem afeto, replicaria a Fortuna, se eu pudesse entendê-la. O gato estava molhado, jogado numa vala no canto da rua, chovia de leve, seu peito parecia estar aberto e ele sangrava na cabeça e no peito, era apenas um filhotinho, provavelmente atropelado, será que o motorista chegou a perceber o que fez? Parei o carro ao seu lado, fiquei olhando estática, aquela cena me doía mas eu precisava dela, eu tinha que ver, era meu filho, queria abraçá-lo, mas minha loucura ainda não havia chegado àquele ponto, as lágrimas caíam e eu não queria sair daquele lugar, eu não queria abandonar o gato, apesar de eu saber que não tinha mais o que ser abandonado, ele era só corpo, a chuva caía e ele nem piscava, não havia mais vida alguma ali.

xxx

Esperei naquela noite, ainda tinha alguma fé, afinal, dizem que os gatos têm 7 vidas, isso quando não dizem que eles têm 9, por favor, que tenha sido outro gato, e ao mesmo tempo me corroía por ser egoísta a esse ponto, um gato é um gato, não importa se ele é mais próximo de você ou não, nenhum merece morrer daquele jeito. Eu já sabia, na verdade eu soube quando eu vi, mas eu não quis admitir, falei que não sabia, todos os gatinhos se parecem tanto, pode não ter sido o meu, mas era. Os gatinhos pretos chegaram para comer, o tigradinho adulto também, mas Louise, que sempre era a primeira a me acompanhar e aceitava todos os meus carinhos sem reclamar, nunca apareceu de novo. Naquele noite, eu chorei do mesmo modo que havia chorado para Louise quando minha vida parecia se desintegrar, ela não entendia nada, mas ficava olhando, curiosa. Dessa vez ela não poderia me olhar daquela maneira, ela estava lá, sendo devorada por insetos do outro lado da rua, e ninguém fazia nada, não havia nada a ser feito, a não ser chorar a morte de apenas mais um gato de rua.

. , .

sábado, fevereiro 04, 2006

Já que eu já to aqui mesmo...

festa hoje, desanimo forever. não pra festa, mas pra tudo mesmo. sei lá. o de sempre, ou não. deixa eu repetir o prelúdio e allegro do kreisler aqui.

Quem diria que me faria bem.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

E não é que uma "semana para pensar" está me fazendo bem?

Não é nem que eu esteja organizando as minhas coisas, afinal, eu não estudei para a minha prova de amanhã nem fiz o fichamento. Mas andei encontrando coisas que me fazem tão bem...

Essa semana fui pra aula de tecido (circo, não tear!) e foi incrível!! Incrível mesmo... pensem nesse incrível vindo de alguém que nunca participou de uma aula de ed. física na vida, odeia atividades físicas, morre de medo de altura, é travadíssima e não conseguiu fazer nada na primeira aula. Dá pra ter uma idéia? Me cativou muito. Sei lá, me deu ânimo, vida, energia. Vontade de superar meus limites tão pequeninos (e os grandes também, afinal, quem vai me dizer que medo de altura é algo pequeno?) Muito bom. E ainda estou levando um bolinho de gente comigo nessa... hehe

Também andei dando uma de Paulie* e resolvi cuidar de gatinhos. Só a Thaís pra me acompanhar nessa! Compramos ração, pratinhos e colocamos comida e água escondidinhos no canteiro da frente aqui de casa. Ainda fizemos um caminho de ração até o meio da rua pros gatinhos acharem! Fiquei morrendo de medo de acordar no outro dia e eles não terem comido. Mas, 7:45 da manhã dessa terça-feira, lá estava o prato de ração vaziozinho. Yay!!

Hoje ainda teve mais bichinho no dia. Fui visitar o Baco. Tãããão fofo, tão desesperado, tadinho! Vai ter um treco quando a família voltar de viagem. Me arranhou e me lambeu toda, e ainda me escalou como um gato. Tô dizendo que aquilo não é cachorro, mas não acreditam...!

(E hoje eu ainda vi o gatinho preto correndo pela rua em direção ao meu canteiro logo que eu deixei a comida lá. Tá certo que eu nem vi se ele estava indo mesmo para lá, nem se ele chegou a comer qualquer coisa, mas me deu uma felicidade...!)

E, ainda hoje, consegui conversar com quem eu queria, me senti feliz na monitoria, saí com amigas e comi besteira. Ah, e a Lua estava linda. Dia bom. =)



* Personagem de Lost and Delirious (Assunto de Meninas) que resolve cuidar de um gavião machucado.

...

segunda-feira, janeiro 09, 2006

meio triste.

Fim de ano

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Fim de ano não tá sendo muito divertido.
Acho que é pra compensar o fim de ano maravilhoso que eu tive em 2004. Ou sei lá...

Será que no Reveillon melhora?

Véspera de Natal

sábado, dezembro 24, 2005

Presentes entregues, pai em casa, noite virada no Parkshopping, edredon vermelho novo e sentimentos estranhos.

Cansaço. Quero dormir mais um pouquinho e não pensar em nada. Até agora tudo vai bem...

[Eu tenho um fotolog! Emocionante isso. O endereço é o óbvio: www.fotolog.net/odeiococegas. Passem lá!]

Carta

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Eu queria ter feito um post enorme falando do tanto que eu gosto dela, e como eu cresci com ela nesse ano. Mas acabou que eu nem escrevi nada, e (sabe?) agora eu nem acho necessário. Posto aqui, na verdade, mais em consideração aos meus planos.

Não tem como falar de 2005 sem falar de 2004. Ano ruim, confuso, triste. Vazio. Hoje eu acho que eu tinha que passar por tudo aquilo para me encontrar... para descobrir quem eu realmente era. O que eu queria e o que me faria feliz.

Tem uma coisa que eu sempre lembro quando quero falar de pessoas especiais para mim. No Tarô, quando aparece que você vai conhecer alguém assim-assim-ou-assado, é porque você precisa desenvolver essas características em você. As pessoas que aparecem em sua vida são catalisadores da sua personalidade, de suas emoções. É assim que eu vejo minhas amizades. Algumas surgem do nada, outras demoram alguns anos para desabrocharem. Igual a um CD que a gente tem há anos e só houve uma música - a gente só vai descobrir o quanto ele é maravilhoso quando dá um clique e a gente resolve escutar ele todo.

Esse ano me deu o tal "clique". De repente, ouvi aquele CD que tava guardado (na verdade desaparecido) na prateleira. E foi o melhor tudo que eu poderia ter: melhor momento, escolha, diversão, carinho, amizade. Com o tempo eu fui percebendo o tanto de coisa que eu tinha esquecido em mim projetado nela. Estava tudo lá: tudo que eu precisava aprender. Bem na minha frente.

(Como eu não tinha visto antes? Ah, eu realmente acredito que eu precisava me perder para me achar. E foi ela quem veio ao meu resgate dessa vez...)

Nossa convivência nem sempre foi fácil. Até porque é complicado lidar com alguém que vê o mundo de uma forma tão diferente da gente. Mas acho que, mesmo aos trancos e barrancos algumas vezes, a gente se saiu bem. E não é que o posto de best friend está assegurado por um boooom tempo?

A minha vontade é de abraçá-la e dizer "obrigada por tudo!" (...mas quem iria entender? Ela, talvez. Ou talvez não. Bom, vai mesmo assim: )

Obrigada por todos os momentos de apoio, pelo respeito, pela amizade. Obrigada por ter deixado essa escorpiana mostrar que ela não é tão ruim assim quanto o clichê (apenas quando ela quer ser!) Obrigada pela enorme paciência e pela companhia. Obrigada por ter me ensinado a falar o que eu sinto! (Isso é importante! Não fosse por isso, eu não estaria escrevendo aqui.) Obrigada pelas idas ao Diet & Light. Obrigada por aturar minhas crises (eu sei que elas não são poucas.) Obrigada em especial por todos os CDs emprestados, afinal, eu sei que és capricorniana e eu não tenho nenhum planeta em Virgem. Obrigada por me acolher na tua casa inúmeras vezes. Obrigada pelas palestras sobre rock, e obrigada por Cazuza, Pearl Jam, Marina Lima, Led Zeppelin, The Clash e Beatles. Obrigada pelo humor! Obrigada por confiar em mim. Obrigada por aparecer na hora certa, sendo tão diferente de mim mas tão vital para que eu me reencontrasse. Obrigada por seres quem tu és.

Te amo.

Fim de semana estranho

domingo, dezembro 18, 2005

Sábado chato. Não é que eu ainda consigo explodir? Ó que beleza. Parece que ainda tem um frâncio aqui dentro (interna, interna.)

Domingo dormindo, all day long. Preguiça total.

Quero que amanhã chegue! Cansei desse fim de semana. Só nas férias mesmo (ha! greve agora virou férias) pra eu querer que uma segunda-feira chegue. Garfield me mataria.

(Minha intuição ainda serve pra alguma coisa...)

Faltam presentes, faltam presentes. Não tenho a menor idéia do que comprar pra algumas pessoas, e o pior, pessoas de casa. E pessoas que me deram presentes! Oh God. Tô perdida. Parece que eu não consigo ampliar meu foco, tô sempre indo atrás das mesmas coisas. (aff, to subjetiva demais hoje. pra bom entendendor...)

De novo... fim de semana chato.

Natal!

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Aeee! Natal chegando, casa toda vermelha, verde e dourada. Dessa vez sem crises sobre simbologias e significações (olha que lindo.) Preocupação-mor: encontrar os presentes. Deeeus, por que tudo no fim do ano? É isso, e aquilo, e mais aquilo outro. Mil presentes pra dar. E a tapada aqui não fez lista do que comprar para os outros, então esqueceu tudo. Mas beleza. Uma passeada no shopping com paciência vai me fazer lembrar o que eu ia comprar. Ou não...

Música da hora: Please, please, please, let me get what I want. (com um nome tão grande desses, eu preciso dizer de quem é a música?) Eu gosto dos primeiros versos... "Good times for a change" e "Haven't had a dream in a long time". Sem a melodia fica chato, mas ouvindo a música faz sentido. Gostoso demais...

E a chuva não pára, nunca.
"The rain falls hard on a humdrum town... this town has dragged you down"

Decisões íntimas.

domingo, dezembro 11, 2005

A gente cresce de maneiras loucas.

Às vezes a gente precisa que joguem algo na nossa cara. Às vezes, a gente faz isso sozinho. Outras tantas vezes a gente tem que tropeçar uma, duas, três vezes no mesmo lugar pra entender que o caminho que a gente escolheu não é o melhor. Ou então, simplesmente gritar "pára o mundo!" e pensar na vida e no que a gente tem feito dela.

E tem vezes que a gente só cresce com a dor. Com uma pancada rápida na cabeça, ou um grito que nos faz acordar de uma só vez. Sem tempo para pensar. Só o sentimento.

E que recomece o ciclo.

Nova comunidade

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Minha mais nova comu no Orkut!

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=207869

hohoho. Como eu sou madura.

E foi!

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Ufa! Foi. Passou. Obrigada a todos que foram me assistir no sábado, foi muito importante para mim que vocês estivessem lá. Obrigada a quem me aturou a semana inteira, estressada do jeito que eu tava, e mais obrigada ainda a quem se virou pra me acalmar e pra arranjar coisas pra mim pra apresentação. E, claro, obrigada a quem cantou de graça, só pela amizade, e a quem apareceu ao ser chamado no desespero na véspera, ou mesmo no dia (!!!). Obrigada mesmo a todos!

Pra quem não foi, pena! Queria muito mesmo que todos os meus amigos tivessem ido, mas a gente sabe que às vezes não dá. De qualquer jeito, foi feita uma filmagem, então depois eu dou um jeito de fazer vocês me assistirem.

Ah! Alívio. Foi, sabe? Eu fiquei satisfeita porque acho que saiu como estava possível de sair, eu consegui fazer o que eu já tava fazendo, e o que não tava muito bom realmente não saiu bom mesmo. Acho que foi razoável pra bom, no fim das contas. E é um controle muito grande meu saber dizer "estou satisfeita com o que eu fiz" sabendo que eu não fiz o melhor do mundo, só fiz o melhor possível para mim na época. (quando não verdade fazer o melhor possível nunca é "só...")

E é isso! Valeu por tudo. O fim de semana foi ótimo, o resto do sábado foi bizarro mas gostoso, e o domingo foi divertidíssimo lá no Lucas. Agora estou mais calma, e retomando o fôlego para começar de novo. Próxima parada: ária da Musetta e da Linda de Chamounix. Mais trabalho!

- sabe, originalmente, Escorpião é um signo do Outono.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Mudei todos os planos para a minha vida.

Vou entrar pra uma escola de línguas, aprender japonês, e vou casar com um magnata da indústria eletrônica japonesa. Aí, todos os anos, eu vou passar o Outono na terra do sol nascente.

O que é que são essas fotos, meu Deus.

http://www.frangipani.info/blog/

Profissões

quarta-feira, novembro 30, 2005

Eu já quis ser pianista, cantora, regente, arranjadora, coralista, estudante, milionária, mochileira, sacerdotisa, freira, teóloga, etnomusicóloga, intelectual, politizada, madura, atriz, produtora, decoradora, arquiteta, poliglota, filósofa, escritora, lingüista, aeromoça, professora, jornalista, famosa, poetisa, fotógrafa, artista plástica, criança.

Espero que eu leve jeito para ao menos uma dessas profissões.

Depois de ontem...

quarta-feira, novembro 23, 2005

O que acontece quando a gente abre mão de coisas que são importantes pra gente em função de algo ou alguém?

Se me perguntassem isso antes, eu diria: "xii, não dá certo. Nunca desista ou deixe de lado de suas vontades pelos outros." (Sabe, eu sempre fui uma boa egoísta. - e às vezes você precisa ser egoísta mesmo.)

Hoje, eu penso um pouquinho mais antes de responder. Porque eu percebo que, por mais que a minha resposta-padrão possa funcionar, ela também indica uma boa dose de intransigência e vários medos: medo de perder o controle, medo de experimentar situações diferentes, medo de se entregar.

Como podemos dizer que um caminho é bom ou ruim antes de o trilharmos? Tudo precisa ser sentido e testado nessa vida. Como defender uma posição tão arduamente se não nos demos o direito de estar do outro lado?

Eu acho que abrir mão de certas coisas por outra(s) pessoa(s) pode ser uma experiência muito gratificante. Ou desesperadora e nociva, se ela for brusca e desequilibrada. Mas... não adianta. Quanto mais eu penso, mais eu chego naquela frase de sempre: se os dois estão com o mesmo intuito, tudo pode dar certo. *Só* pode dar certo. Porque duas pessoas que se unem com o mesmo objetivo já têm metade do caminho andado para a felicidade. Por mais que todo o resto pareça errado, torto ou injusto... sempre há uma saída.

You know, I believe in a thing called love. (um doce para quem adivinhar de onde eu tirei isso!)

Libra

segunda-feira, novembro 21, 2005

Odeio ficar "no meio" das coisas. Sabe quando você está na 3a série e tem 2 melhores amigas, e um belo dia as duas brigam e você fica "no meio"? É, tipo isso...

Às vezes nem é tão óbvio quais são as pontas que espremem o meio. Às vezes são sentimentos, impulsos, vontades. O fato é que a gente tá sempre "no meio" de um turbilhão de idéia e vontades.

Essa semana mesmo, em um exemplo simples, eu fiquei presa entre minha aula de piano e um ensaio geral. Os dois no mesmo horário. Que lado escolher? (Mas essa foi fácil, dava pra dar um jeitinho e juntar as duas coisas.) Depois, fiquei entre uma viagem e meus compromissos. Tudo pago na viagem, oportunidade de fugir de tudo, ficar ao lado de amigas de longa data fazendo o que gosta. Dessa vez nem teve escolha: compromissos na frente, tristeza de querer ser duas pessoas e não poder.

Isso tudo parece papo de marte em Libra: ponderar, ponderar, querer tudo e ficar indecisa, não fazendo nada. Mas é que tem vezes que irrita - não o "ter" que escolher, nem a minha dita indecisão, mas a situação mesmo. A minha falta de reação por não saber o que fazer. Pronto, é isso que incomoda. Se tudo fosse simples, não seria difícil escolher um lado, ou mesmo manter os dois convivendo de alguma forma. Mas as coisas não costumam ser tão simples assim. Especialmente quando eu não consigo identificar o que me faz sentir "presa"... eu só acabo me sentindo assim. Meio sufocada.

A direção deste blog agradece...

sexta-feira, novembro 18, 2005

... pelas respostas ao post anterior. =)

Bobagem nova: como as crianças conseguem estar sempre alegres?
Eu estava tocando para crianças outro dia... (pra variar...) e de repente me bateu isso. Como elas conseguem? Parece idiota perguntar isso, é como perguntar por que os adolescentes são rebeldes. Mas eu fiquei pensando na quantidade de dias que eu tava de mal com a vida, e que eu brigava com alguém, e nos dias em que eu choro escondida de todos... e fiquei pensando... o que eu preciso para conseguir aquela felicidade boba com um balão e um bichinho de pelúcia? O que eu preciso valorizar, ou esquecer, sei lá? Não quero uma felicidade falsa e forçada. Só a leveza... (a bendita leveza...)

Me sinto meio pesada com o passar do tempo. E olha que eu só tenho 20 anos...

Pra quê?

quarta-feira, novembro 16, 2005

Qual era o propósito desse blog mesmo?
Já não lembro.
Alguém me ajuda a pensar em algo?



Semana de ensaios e apresentações. Dia 3 tá chegando e eu to desesperando. Drogas de coloraturas.
(Já foram 4 páginas de música+letra decorada do Trio das Damas. Ainda estou no déficit...)
Preciso estudar. Mais.

Com Jessye Norman

quarta-feira, novembro 09, 2005

DIDO'S LAMENT (WHEN I AM LAID)
(H. Purcell)


Thy hand, Belinda, darkness shades me.
On thy bosom let me rest.
More I would, but death invades me.
Death is now a welcome guest...

When I am laid in earth, may my wrongs create
No trouble in thy breast.
Remember me... remember me!
But ah! forget my fate.

Preguiça de escrever

Esse blog tá às traças! Nem atualizei minha idade ainda. Mas é que ele anda meio - completamente - sem propósito. Quando eu achar uma utilidade para ele, eu volto a escrever.

5.

quinta-feira, novembro 03, 2005

No sono uniforme
o pesadelo
também dorme.

(Millôr)



Saldo positivo, finalmente, na minha semana inferno astral+TPM.
Ganhei um peixinho, toquei bem (muito bem!), tive um texto publicado na internet, fiz as pazes com quem estava chateada comigo, falei com amigos de longa data no MSN. Acho que dá pra dormir feliz hoje, né?

4.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Pra ser feliz de verdade
é preciso encarar
a realidade.

(Millôr)

3.

terça-feira, novembro 01, 2005

Brilha a lua.
Entre um raio e outro
a vida é tua.

(Millôr)

2.

segunda-feira, outubro 31, 2005

A esta hora
e o dia
inda lá fora.


(Millôr)

Em 3 linhas

domingo, outubro 30, 2005

A vida é um saque
que se faz no espaço
entre o tic e o tac.

(Millôr)

Blergh

sexta-feira, outubro 28, 2005

I wanna shoot myself.

Perdida. Completamente perdida. Me lembro do gato da Alice... "para quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve..."

So fucking tired of being like this.

Falta tão pouco tempo!

domingo, outubro 02, 2005

É quinta-feira já.
Faltam 5 dias!

Eu preciso ficar bem da minha garganta até lá.

Dia de São Cosme e Damião!

quarta-feira, setembro 28, 2005

Parênteses 1: Sonho de Valsa Light não tem açúcar. Sou mais feliz depois de descobrir isso.

Parênteses 2:
Tenho medo da novela Bang Bang.


Viciada na música nova da Bebel. Alguém me dá um CD só com essa música gravada?
Ah, e o novo CD da Maria Rita.
Meu aniversário tá chegando, por favor façam alguma coisa! Eu adoro surpresas e presentinhos bobos. Na falta de criatividade, plástico bolha sempre me deixa feliz.


Parênteses 3: Tá, não tá tããão perto assim. Mas daqui a pouco vai faltar um mês, fala sério, que bom que eu tô avisando vocês com antecedência!

Satisfação

quinta-feira, setembro 22, 2005

Essa semana consegui estudar canto e piano.

Elogios dos dois professores + puxões de orelha + muita coisa nova para a semana que vem.

Hohohoho. Adoro a greve.

Previsível

segunda-feira, setembro 19, 2005

É muito fácil descobrir se eu vou gostar ou não de uma música, e qual vai ser minha parte favorita dela.
Aí vão alguns elementos que me fazem cair de amores por uma música.



Harmonicamente:

I7M - Im7 - I7M
IVm7 - I7M
bVI7M - bVII7M - I7M
subV7 - I7M
(tem uma seqüência que eu achei uma grande sacada, qualquer dia explico por que: C - F - Ao - C/G e repete indefinidamente. Mas ela só fica sendo uma grande sacada de uma determinada maneira.)



Melodicamente:

Escala Maior melódica (3a M, 6a m e 7a m)
Modos: Dórico, Mixolídio b9, Mixolídio b9 b13, Frígio hispânico (com a 3a. M, escala de 8 notas)
Trítonos cantados sofridos, mas afinadérrimos.
Alternância da 3a M com a 3a m.

Exercitando o TOC 1

Eu tenho um monte de manias. E é claro que as manias só são boas quando a gente não percebe que elas existem. Parecem coisas super normais, "como assim, eu, fresca?" Eu tenho várias, e vez ou outra me pego com costumes esquisitos. A ficha cai na hora e eu penso "eu preciso escrever isso! Aí vou ler daqui a um tempo e pensar 'aff, eu era assim!'" Mas como eu sei que não vou lembrar de muita coisa agora, a lista fica em aberto.

Manias:

1. Canudinhos combinando com o recipiente da bebida ou com a bebida. Sempre. Se for difícil combinar, precisa existir alguma lógica. Cores frias, cores complementares, cores da bandeira da Jamaica... desde que haja lógica.

2. Cada copo para uma coisa aqui em casa. Ok, não é cada copo para uma coisa... mas tem copos que simplesmente não combinam com algumas bebidas. Exemplo: copo de plástico para piscina e copos estilo milkshake (como os do Marvin) não foram feitos para se colocar água!

3. Viver de salto alto e tirá-los em lugares públicos. (e ficar mexendo no meu pé sem perceber) [teve uma silepse linda nessa frase!]

4. Procurar lógica matemática em murais, vitrais, mosaicos etc. pelo mundo (odeio Athos Bulcão!)

5. Começar a cantar inconscientemente quando estou tentando raciocinar, quando estou lembrando de algum momento marcante ou quando estou triste.

6. Analisar 80% das músicas que eu ouço na vida. Ou talvez 90%. Tá, 95%.

7. Nunca prestar atenção em letras de música.

8. Dormir sem travesseiro. O travesseiro fica posicionado estrategicamente no topo da cabeça, como se estivesse protegendo o cocoruto da cabeceira da cama.

9. Dirigir sem sapato.

10. Sempre tomar um copo d'água ao sair de casa pela cozinha.

11. Tentar tirar os nós dos cabelos com as mãos.

12. Entrar na internet e ir compulsivamente em alguns sites de sempre. Às vezes, checar de 5 em 5 minutos por atualizações que muito provavelmente não foram feitas.

13. Xeretar Orkuts alheios.

14. Ficar mexendo as mãos, brincando com os dedos, limpando as unhas sem notar... minhas mãos nunca estão paradas.

15. Usar "gente" como vocativo, mesmo ao se dirigir para apenas uma pessoa. "Gente, a Welma disse gente!"

Enough.

Freud

sábado, setembro 17, 2005

Sublimação é uma coisa maravilhosa.

Existe melhor companhia para a tristeza do que um noturno de Chopin?

Só queria que essa sinusite fosse embora... ah, e se eu conseguisse dormir, ficaria feliz também...


[queria carinho hoje...]

Sim,

quarta-feira, setembro 14, 2005

eu sou psicossomática.

E segundo algumas pessoas, também sou hipocondríaca.

(adoro gente compreensiva.)

Mini-dicionário Papaxibé - verbetes 1

Abunde-se / Aquele-um / Arremedar / Até o talo / Avacalhar / Baladeira / Bestar / Brioco / Bubuia / Cagüetar / Coirão / Corrupio / De-com-força / De mal à morte / Dizendo ele / E eu pucu / Égua / Eguá / Eita, pau / Encarnar / Entulhar / Eras-te / Esbandalhar / Escangalhar / Esculhambar / Estar se lixando / Este-um / Estrepar / Farinha-de-feira / Frescar / Gitito / Hebi / Hen-hen / Invocado / Já mé vu / Malinar / Mangar / Maninha / Maria mijona / Mas quando / Me erra / Metá-metá / Metido a besta / Moleque / Pai-d'égua / Pipira / Pira / Pirento / Pissica / Pitiú / Pixé / Quebranto / Que só / Quem manda / Rabiola / Ralado / Rapidola / Sumano / Traíra / Urubusar / Urubusservar

Eu procurei...

terça-feira, setembro 13, 2005

... muito um poema ou uma música que expressasse o que eu sinto, mas não encontrei nada.

Acho que o destino queria que eu escrevesse...

Estou esperando. Não pensando. Pequenas mudanças na rotina, muitas vezes, fazem bem. Agora, então, é uma boa hora para isso...

... E se nada se ajeitar, aliviar o estresse nunca é demais.

Por enquanto... just sitting, waiting, wishing.

Quase como um jogo de pôquer: I'm all in, pagando para ver.

Definitivamente

domingo, setembro 11, 2005

O mundo dá voltas e voltas...

E a vida tem seu próprio tempo... um tempo meio estranho...

mas perfeito.

De alguma forma...

as coisas funcionam.

E está tudo sincronizado.

Ou é tudo o mais completo caos...

funcionando como predestinação.

Difícil, quase sempre.

Mas Lindo.

De novo, Cecília...

sexta-feira, setembro 09, 2005

DESPEDIDA
(Cecília Meirelles)


Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão
deixo o mar bravo e o céu tranqüilo:
quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? - me perguntarão. -
Por não ter palavras, por não ter imagem.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.
Que procuras?
Tudo.
Que desejas?
Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.
A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra... )
Quero solidão.

JF City

quinta-feira, setembro 08, 2005

Saudades das boas lembranças de Juiz de Fora...

Já faz um tempo que aquelas 2 semanas se tornaram meu carma. Hoje lembrei das coisas gostosas... e me deu saudade.

Saudade do medo, do nervoso, da "primeira vez".

Saudade da independência, da sensação de "o mundo está nas minhas mãos".

Saudade das amizades loucas, dos papos desvairados, das pintas, das gírias, do sono nas aulas do Bezzan.

Do Rachmaninoff dizendo "sou uma orquestra" e do Liszt "sou um virtuose".

Saudade do choconhaque.

Saudade de gente que eu soube que agora tá na Inglaterra, gente que canta bem, gente que é inteligente horrores, gente que me ensinou muita coisa.

Saudade da Muzik.

Saudade da Academia, da ladeira íngreme que eu subia e descia umas 5 vezes por dia, de ter que buscar os ingressos de manhã cedo no Pró-Música, de ter que comprar o café da manhã, de me perder procurando almoço, de lavar a louça, dos banhos intermináveis de todos que estavam no nosso apartamento, dos cheiros de JF.

Saudade das merdas, também, por que não?

Saudade da liberdade, dos dias e das madrugadas, do medo de acabar o dinheiro, de andar a pé.

Saudade da música, todo dia, toda hora, de Purcell à Beyoncé e Britney.

Saudade do sundae de chocolate com porção extra de ovomaltine.

Saudade de não saber onde eu ia passar a noite, e saber que isso dependeria exclusivamente de mim, e que ninguém ligaria para saber onde e como eu estava.

Saudade das despedidas com lágrimas e promessas de voltar no ano seguinte e de não perder o contato.

Saudade da fantasia.

Saudade de muita coisa que eu não consigo pôr em palavras...

Sem orgulhos agora...

terça-feira, setembro 06, 2005

Vou ser direta. Sou escorpião com asc. em áries e lua em leão. Entre muitas coisas, quer dizer que eu sou orgulhosa. Muito. Mesmo. E metida a independente e auto-suficiente. Desde sempre. Foi mal pelo determinismo, mas é mais fácil e menos revelador (será?) apelar para a astrologia do que para o comportamentalismo. Assim eu não preciso argumentar nada, não preciso explicar as minhas experiências de vida, e conto com o argumento do "divino", do "esóterico". Voltando. Sou orgulhosa. E auto-suficiente, falei isso, não? Ao menos tento ser. Odeio pedir ajuda. Odeio que me ensinem as coisas. Odeio gente achando que sabe mais que eu - por mais que saiba. Porque eu posso ser orgulhosa, mas não sou arrogante. Na maioria das vezes, quero dizer.

Continuando.

Odeio pedir isso... mas estou chegando no meu limite.

Preciso de ajuda.

Não sei o quê. Não sei como.

Mas eu não estou bem...

Juro que estou mais legal agora

segunda-feira, setembro 05, 2005

Mas eu ainda quero greve!



(sem internet, posts demorando décadas para serem feitos.)

Aviso

quarta-feira, agosto 31, 2005

Estou chata, triste, hipersensível, agressiva.

Não toque.

[...]

sábado, agosto 27, 2005

[Um ano]


[...]

Essa eu aprendi na aula das crianças...

sexta-feira, agosto 26, 2005

Calma, calma,
pra quê tanta pressa?

Muita calma,
temos tempo à beça
Tudo tem seu próprio tempo
As ondas do mar e o vento...

"Às vezes eu quero demais/E eu nunca sei se eu mereço "

quinta-feira, agosto 25, 2005

O AMOR NÃO SABE ESPERAR
(Paralamas do Sucesso)

Sopra leve o vento leste

E encrespa o mar
Eu ainda te espero chegar

Vem a noite
Cai seu manto escuro devagar
Eu ainda te espero chegar

Não telefone, não mande carta
Não mande alguem me avisar
Não vá pra longe, não me desaponte
O amor não sabe esperar

Ficar só é a própria escravidão
Ver você é ver na escuridão
E quando o sol sair
Pode te trazer pra mim

Abro a porta, enfeito a casa
Deixo a luz entrar
Eu ainda te espero chegar

Escrevo versos
Rosas e incenso para perfumar
Eu ainda te espero chegar

Estar só é a própria escravidão
Ver você é ver na escuridão
E quando o sol sair
Tudo vai brilhar pra mim



***



Estou ficando chique, virei página pro Frederic Chiu - um puta pianista - hoje no concerto do Joshua Bell. Acho que vou entrar num concurso de virtuoses viradores de página!

www.joshuabell.com
www.fredericchiu.com

É, eles são bons.



***



(Ânimo, ânimo... vai ficar tudo bem. Somehow, sometime.)

Ai, Deus. Por quê.

segunda-feira, agosto 22, 2005

http://media.putfile.com/jesus70

tristeza

domingo, agosto 21, 2005

pequena.

mas existe.

[ouvindo Glory Box de novo...]

Estava lendo isso hoje...

domingo, agosto 14, 2005

MOTIVO
(C. M.)

Eu canto porque o instante existe

e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

"Queixo-me às rosas..."

sábado, agosto 13, 2005

Cansada... sem rumo...

Muitas idéias, apesar de tudo... preciso canalizar essa energia para algum lugar.

Quarta-feira, São Lourenço. Ainda não caiu a ficha... mas acho que vai valer a pena... ao menos, vou *ter* que pensar em outra coisa.



***


Para deixar registrado: ontem teve o debut do Ross. Menino corajoso... Parabéns pra ele =)

e mais...

sexta-feira, agosto 12, 2005

SE EU FOSSE APENAS...
(Cecília Meirelles)

Se eu fosse apenas uma rosa,
com que prazer me desfolhava,
já que a vida é tão dolorosa
e não te sei dizer mais nada!
Se eu fosse apenas água ou vento,
com que prazer me desfaria,
como em teu próprio pensamento
vais desfazendo a minha vida!
Perdoa-me causar-te a mágoa
desta humana, amarga demora!
- de ser menos breve do que a água,
mais durável que o vento e a rosa...

Mais Cecília

segunda-feira, agosto 08, 2005

CANÇÃO (2)
(Cecília Meirelles)

No desequilíbrio dos mares,
as proas giram sozinhas...
Numa das naves que afundaram
é que certamente tu vinhas.

Eu te esperei todos os séculos
sem desespero e sem desgosto,
e morri de infinitas mortes
guardando sempre o mesmo rosto.

Quando as ondas te carregaram
meu olhos, entre águas e areias,
cegaram como os das estátuas,
a tudo quanto existe alheias.

Minhas mãos pararam sobre o ar
e endureceram junto ao vento,
e perderam a cor que tinham
e a lembrança do movimento.

E o sorriso que eu te levava
desprendeu-se e caiu de mim:
e só talvez ele ainda viva
dentro destas águas sem fim.

...ao som da Balada n. 4...

domingo, agosto 07, 2005

CANÇÃO (1)
(Cecília Meirelles)

Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.

eu até tenho muita coisa pra dizer...

sábado, agosto 06, 2005

... mas não sei se quero.



CANÇÃO QUASE MELANCÓLICA
(Cecília Meirelles)

Parei as águas do meu sonho
para teu rosto se mirar.
Mas só a sombra dos meus olhos
ficou por cima, a procurar...

Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.

Procurei-te em vão pela terra,
perto do céu, por sobre o mar.
Se não chegas nem pelo sonho,
por que insisto em te imaginar?

Quando vierem fechar meus olhos,
talvez não se deixem fechar.
Talvez pensem que o tempo volta,
e que vens, se o tempo voltar.

...

sexta-feira, agosto 05, 2005

...

 
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