A suposta existência

sexta-feira, maio 05, 2006

Como eu sei que estou viva?

Na verdade não sei. Não tem como saber. A gente só chama essa existência aqui de vida. Aliás, nem sei se é "a gente", o mundo todo pode ser uma criação minha, e apenas minha. Ou então eu sou um personagem de um livro, e a criança que tá lendo pode cansar de ler a qualquer instante, e plim! Eu, e você, a internet, as árvores e a camada de ozônio desaparecem.

Qual será a sensação de desaparecer? Será que é como morrer? Você não deve sentir nada. Talvez você já tenha morrido muitas vezes durante sua vida. De reprente a criança já fechou o livro e já voltou a ler inúmeras vezes, mas não tem como a gente saber, porque a gente simplesmente deixa de existir, não há consciência para saber, não há dor para sentir. Ou então a gente morre toda vez que dorme, e outras Águedas e Mayras e Henriques e Lobos acordam em um universo paralelo, e quando eles dormem a gente acorda, e claro que o tempo passa diferente. E pode ser também que cada vez que a gente pisca todo um universo nasce e morre, o tempo não é assim como a gente acha. Podemos ser gigantes. Ou formigas. Ou pedaços de energia e informação, matrix, ilusão. Nada.



***



Tive sonhos estranho, de novo. Muita água e sempre presente a morte, e com ela ilusão, apego, solidão, dor. Acho que os sonhos querem me dizer alguma coisa que eu finjo não entender.

3 comentários:

Violeta disse...

prefiro nao considerar minha existencia, pois se considerá-la ela vai ter que ter um significado e (por enquanto) nao ha.

Anônimo disse...

Vai ver o Filtro de sonhos está meio entupido ultimamente e esteja precisando ser limpo ou substituido.Já pensaste nisso?

Beijos

HenriqueS disse...

Indo para aula ponderando sobre isso:

"Deus criou os homens, e todas as suas obrigações (necessidade de morar, dormir, comer, socializar, etc...) para que não questionassemos suficiente a nossa existencia a ponto de chegar a uma conclusão. Sempre nos deparamos com essa pergunta, mas aí lembramos que temos que pagar a conta da luz (entre outras), e deixamos de lado esta preocupação."

E se isso não for suficiente:

"I am…
I am…
I am…

I was not, then I came to be. I cannot remember NOT being, but I may have traveled far, very far, to get here.

Maybe I was formed in this silent darkness, from this silent darkness, BY this silent darkness. To become is just like falling asleep; you never know exactly when it happens - the transition, the magic – and you think, if you could only recall that exact moment of crossing the line - then you would understand everything. You would see it all.

Perhaps I was always, forever here…and I just forgot? I imagine Eternity would have that effect - would cause a certain amount of drifting – like omnipresence would demand omniabsence."

Pain of Salvation- Anime Partus- Be

 
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