Várias - post grande

domingo, maio 15, 2005

FOR ME THIS IS HEAVEN
(Jimmy Eat World)

The first star I see may not be a star
I can't do a thing but wait
So let's wait for one more

And the time, such clumsy time
In deciding if it's time
I'm careful, but not sure how it goes
You can lose yourself in your courage

When the time we have now ends
And when the big hand goes around, again
Can you still feel the butterflies?
Can you still hear the last goodnight?

And the mindless comfort grows
When I'm alone with my "great" plans
This is what she said gets her through it
"If I don't let myself be happy now, then when? if not now when?"

When the time we have now ends
And when the big hand goes around, again
Can you still feel the butterflies?
Can you still hear the last goodnight?

I close my eyes and believe
That wherever you are, an angel for me

When the time we have now ends
And when the big hand goes around, again
Can you still feel the butterflies?
Can you still hear the last goodnight?



Recebi essa letra de um amigo meu, e veio em boa hora...

Ando chata, cansada, triste, niilista. Sem motivo... ou talvez eu esteja escondendo de mim o motivo... mas acho que não. Tá tudo tranqüilo, as coisas estão encaminhadas, não tem razão de eu ficar triste (talvez eu esteja escondendo só um pouquinho).

Hoje tive mais sonhos estranhos, foi um sonho lúcido que não foi bom, me deixou um pouco angustiada - todos os meus sonhos lúcidos são ruins, eu só consigo ficar consciente quando alguma coisa terrível está pra acontecer no sonho - então, foi um sonho ruim, mas não chegou a ser um pesadelo. Egrégora é um negócio foda, desde que o Fillipe me deu a bagacinha dos sonhos eu não tenho pesadelos por nada desse mundo. Tenho sonhos ruins, mas pesadelos não tive mais. E tem uma diferença gritante... pelo menos para quem tinha pesadelos de acordar de madrugada e não dormir mais de medo. Mas ah! A gente aprende, né? Devo ter aprendido alguma coisa, além de controlar meus sonhos. Eu digo, alguma coisa de verdade, para a vida. Tem muita coisa que eu ainda não entendi, de repente um dia cai a ficha...

Às vezes (muitas vezes) eu tenho vontade de me voltar pro meu inconsciente completamente... me conhecer... trabalhar com símbolos e significados, me descobrir, eu devo ter tanta coisa de mim que eu não sei. Mas o dia-a-dia puxa a gente, sempre racional, sempre pensando muito... não tô afim de ser racional agora... mas eu posso só estar afundando num mar de bagunça psicológica que vai me deixar perdida. (as usual)

Tenho tanta coisa pra fazer essa semana... amanhã tem uma paisagem pra entregar na aula de desenho, 2 trabalhos para a aula de P.E., talvez prova de Harmonia, na terça eu deveria continuar a prova de Harm. e Improv., mas eu devo ir pro Teatro, não sei ainda... hmmm, se bem que eu tenho aula de piano à noite, não vou faltar de jeito nenhum. Quarta a mesma coisa... hmmm não! Quarta eu tenho prova de canto às 4. Ok, anotado. Quinta, o que tem quinta? Quinta eu apresento trabalho de Evolução. Wolf. Só. Sexta eu descanso, porque chega, né? Semana corrida...

Vontade de ouvir música francesa... meu media player só anda vendo Duparc, Poulenc, Debussy e Fauré ultimamente... mas... é hora... não é sempre que a música francesa entra... como Villa-Lobos: "uma coisa é quando você solfeja e a música entra, outra coisa é quando você solfeja e a música sai". Sim, sim! Não deve ter feito sentido, mas é por aí. Não é sempre que a música francesa consegue alcançar a alma dos ouvintes (ou a subjetividade deles, blé), e isso porque eles não estão "no clima"... é bom aproveitar quando a gente pode entender uma música de verdade. Já consegui entender a abertura sinfônica (é esse o nome?) da Ariadne auf Naxos, do Strauss. Não ouvir e achar legal, entender. Entender os porquês, entender as modulações, as orquestrações, enxergar a beleza real. Fazer sentido. Eu não tenho a menor idéia se dá pra sacar qualé a do meu "entender uma música", porque mesmo amigos meus da UnB do dep. de Música não pegaram muito bem essa minha idéia. Acho que eu preciso aprender a me expressar melhor...

Abaixo, um poema de Baudelaire, musicado por Duparc. A gravação da Jessye Norman é uma das coisas mais lindas desse mundo...



L'INVITATION AU VOYAGE
(Baudelaire/Duparc)

Mon enfant, ma soeur,
Songe à la douceur
D'aller là-bas vivre ensemble,
Aimer à loisir,
Aimer et mourir
Au pays qui te ressemble.

Les soleils mouillés
De ces ciels brouillés
Pour mon esprit ont les charmes
Si mystérieux
De tes traîtres yeux,
Brillant à travers leurs larmes.

Là, tout n'est qu'ordre et beauté,
Luxe, calme et volupté.

Vois sur ces canaux
Dormir ces vaisseaux
Dont l'humeur est vagabonde;
C'est pour assouvir
Ton moindre désir
Qu'ils viennent du bout du monde.

Les soleils couchants
Revêtent les champs,
Les canaux, la ville entière,
D'hyacinthe et d'or;
Le monde s'endort
Dans une chaude lumière!

Là, tout n'est qu'ordre et beauté,
Luxe, calme et volupté.



INVITATION TO THE VOYAGE

My child, my sister,
think of the sweetness
of going there to live together!
To love at leisure,
to love and to die
in a country that is the image of you!

The misty suns
of those changeable skies
have for me the same
mysterious charm
as your fickle eyes
shining through their tears.

There, all is harmony and beauty,
luxury, calm and delight.

See how those ships,
nomads by nature,
are slumbering in the canals.
To gratify
your every desire
they have come from the ends of the earth.

The westering suns
clothe the fields,
the canals, and the town
with reddish-orange and gold.
The world falls asleep
bathed in warmth and light.

There, all is harmony and beauty,
luxury, calm and delight.

1 comentários:

Anônimo disse...

Hah!
Engraçado que parece que essa música veio no momento certo para nós dois....
Obrigado
Beijos
Semper Fidelis

 
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