Sonhos quebrados, planos desfeitos

quarta-feira, junho 27, 2007

Às vezes a ficha finge que vai cair, mas não cai. Eu estou com 21 anos, saí de casa, estou morando com outra pessoa - que não é simplesmente uma "room mate". Estou casada, e isso deveria ser muito estranho e indesejado, mas não está sendo ruim. É pesado ler isso, "estou casada", me lembra mulheres passivas e vestidas iguais a todas as outras da mesa, com uma aliança no dedo enquanto o marido está comendo outra - também passiva, da mesmíssima mesa, com outra aliança no dedo. Não, não estou casada. (Mas eu sei que estou, e as duas situações não conseguem conviver juntas no meu imaginário.)

Não me formei em Música, e não me formei em nada. Vou fazer 22 no fim do ano e não sei o que quero da minha vida. Eu sabia o que queria as 17, por que não sei agora? O mais ridículo é que estou adorando ser vendedora, vê se isso estava planejado em algum ponto da minha vida. Mas qual dos planos que eu fiz eu consegui realizar?

É estranho, minha vida não é a minha vida. Vivo a vida que vivo ou a vida que sonho? Nem sei mais com qual eu sonho, o que constitui um problema. Preciso formar na universidade, preciso agüentar mais 4 ou 5 anos de outro curso, que merda! por que eu não formei logo em música? (ou por que eu não saí logo daquela porcaria???)

Eu me quebrei em algum ponto da minha vida e agora eu não consigo encontrar minhas partes. Não quero me arrepender, não quero, não quero achar que perdi tempo ou que fodi com tudo... o mais estranho é que a ficha não cai, e eu estou feliz sendo vendedora, não tendo terminado o curso que era a minha vida, e tendo casado aos 21. Será que essa sou eu?

Alívio

terça-feira, junho 26, 2007

Internet em casaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!


Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!!!!!!!!

Mit Fried und Freud...

sábado, junho 23, 2007

Pode parecer meio macabro, mas quando eu morrer eu quero que toque na cerimônia (seja ela qual for) a cantata BWV 125 de Bach e a Música para o Funeral da Rainha Mary, de Purcell. De preferência, na gravação do Philippe Herreweghe - e por favor, façam direitinho, né? Homenagem póstuma mal feita é o erro do universo.

Registrado, né? Ok então.

sinto

quinta-feira, junho 21, 2007

Eu sinto muito. Sinto cansaço, sinto preguiça, sinto fome. Sinto frio, sinto arrepios, sinto vontade de ser reconhecida pelo que sou. Sinto alegria por reencontrar pessoas conhecidas e poder conversar fiado no bar, sem hora pra ir embora. Sinto tesão de ir pra festa, pular, me acabar, e viver toda aquela juventude dos filmes, só que dessa vez na minha própria vida. Sinto uma puta dor de cabeça e penso que deveria descansar, mas não quero. Sinto orgulho de estar dando conta da minha vida, mesmo esquecendo de pagar as contas ou de devolver os filmes na locadora. Sinto um pequeno vazio por estar completamente sozinha no mundo - mas todos estamos, então por que eu deveria sofrer mais do que os outros com isso? - e assim eu me encho de coisas para fazer e não penso no meu vazio nem na minha tristeza. Sinto interesse por muitas pessoas, sinto curiosidade por muitos corpos, sinto atração por muitas mentes, mas também não vou fazer nada por convenção social e acordos de relacionamento. Sinto uma gana enorme de aprender mais e mais e mais e ainda mais, e ouvir mais músicas e aprender mais línguas e saber mais de tudo, e cada vez eu vejo que sei menos, e isso só me deixa querendo mais. Sinto medo de olhar pra trás, e não olho. Sinto necessidade de caminhar e é apenas isso que faço. Para frente. Sentindo, sentindo, sentindo...

A sala

terça-feira, junho 05, 2007

Talvez se tudo fosse azul, ela pensou. Ficaria bem melhor, azuláceas para todos os lados, ela se sentiria em casa, e talvez meio apática, mas não importa muito porque ela não deve explicações a ninguém. Mas quanto tédio, anda tudo bagunçado, e nem é cinza, mas muitas pequenas cores espalhadas que não formam um mosaico bonito. Ela queria beleza, uma beleza agradável, nem precisa ser estonteante, só algo para se sentir quentinha por dentro. Mas estava tudo quebrado, em pedacinhos pelo chão e flutuando no ar, cacos brilhantes pretos, verdes, vermelhos, amarelos, e também tinha um ou outro azul. Não era uma situaçao de todo feia, mas sem dúvida era desconfortável estar no meio dos vidros (ou seriam metais? brilhavam tanto) pontiagudos, estáticos pela sala, em cima de sua cabeça, atrás de sua nuca. Para onde andar? Sabia, em algum lugar dela mesma, que não se machucaria ao caminhar na sala, mas aquela visão era assustadora demais para tentar. E por isso, por covardia, por medo, ficava parada, esperando o dia em que tudo fosse ficar azul, cremoso, líquido. Mas ela tinha que se mexer, e precisava ser logo.

Ela levantou o braço cuidadosamente, apontou para uma ponta preta no ar e quis encostar seu dedo nela. Se estivesse com muito medo, será que sentiria o corte da lâmina mesmo não existindo uma lâmina? Fechou os olhos, fingiu um momento de coragem e aproximou um pouco mais seu dedo daquele objeto pequeno a flutuar no ar - mas sem tocar nele. Ela era fraca, e ao abrir os olhos quis chorar ao ver que o mundo não tinha virado azul, mas continuava aquele caos de partes cortantes. Ela tinha que andar, tinha que ir pra frente - ou para o lado, ou para trás, ou para cima, para qualquer lugar. Ela tinha que tomar uma direção, mas tinha medo, ou pena de si mesma, pois não queria se cortar. Talvez nem acontecesse nada na travessia, mas ela estava paralisada. Fechava os olhos e rezava para que, quando os abrisse, estivesse tudo azul.

Retrato de uma familia numerosa

sábado, maio 12, 2007

Primeiro um peixe, depois uma gata, e ai um gato, e uma gata de novo. Quando todos pensaram que ja tinha acabado, veio uma pimenteira. Ah, mas uma pimenteira tudo bem, ne? Alguns dias depois, uma cachorra. Ahn?? Como??? Uma cachorra? Eh. O peixe ja tinha ido embora nesse meio tempo, mas ele nem ocupava tanto espaco assim. Recapitulando: 3 gatos, uma pimenteira, uma cachorrinha e 2 (ou mais) lesbicas. Em trinta metros quadrados.

E o pior eh que eu ja fiz coisas mais insensatas do que isso.

Sal e mar

sexta-feira, abril 13, 2007

E ela caminhava, sem rumo, incomodada. Infeliz. Algo não estava bem - ou seria mais correto dizer que nada estava bem? Não, isso não era verdade. Tudo estava no seu lugar, o sol ainda era sol, o mar ainda era mar, e aquele cheiro de umidade e bolor continuava o mesmo. Coisas velhas, aquele quarto fechado de casa de praia utilizada só nas férias das crianças, uma droga. Isso mesmo, uma droga, uma porcaria de casa. Infiltração, mofo, que nojo daquelas paredes. As crianças gostavam, se divertiam. A menina mais nova tinha suas crises de asma de vez em quando, mas nada que não fosse rapidamente contornado. Porcaria, na cidade as crises eram menos freqüentes, mas as crianças gostam dessa casa de praia, imunda. Vontade de chorar, mas por que chorar? Nenhum motivo aparente. Às vezes ela se perguntava se você precisa de motivo para chorar ou de motivo para sorrir. Se não há motivo para sorrir, para que sorrir? Para que estar feliz?

Ela não sabia se tinha motivos para qualquer uma das opções. Mas queria chorar, gritar, bater naquela rede encardida, morder alguma coisa bem forte. Sentia-se triste, com um nó na garganta. Felicidade, o que seria isso? Algo que nunca chega. Está tudo bem, está tudo tranqüilo, está tudo estável. Mas será que ela quer estabilidade?

A tristeza retira toda sua força física. Passeia sem tônus, queixa-se de cansaço. Se não se sentisse tão mal, não estaria tão cansada. Mas ela nem sabe como mudar, e talvez nem queira mudar. Quer sentir, quer chorar, quer sofrer. Ela precisa da dor, da raiva, da angústia, ela precisa de uma boa dose de intensidade de se sentir viva, necessária para sua própria existência. Ela precisa sentir que é importante para ela mesma. E será que é?

Ela sai da casa e vai em direção ao mar. Pensa em como seria mergulhar naquele mar, sentir-se abraçada por ele e nunca mais retornar. Gosta da sensação de inexistência. Ela senta na areia da praia, admira o sol da tarde nublada, inclina seu corpo para trás e deita na areia suja. Abre seus braços e olha para o céu - sente-se envolta por um mundo de nuvens, calor e cheiro de água com sal e suor. Pensa na sua pífia existência e, por um instante, deixa rolar algumas poucas lágrimas. Sente-se sozinha. Sente-se vazia de importância, e cheia de sentimentos. Para quem entregar esses sentimentos? Quem a receberia sem julgamentos, completa?

Pensa em morrer. A idéia não é tão atraente, pouco oferece em troca. Ela gosta de viver, gosta de sentir. Às vezes ela se sufoca com suas próprias emoções. Com quem compartilhar? Ela está sozinha. Suas crianças são quase que brinquedos, sua casa é velha e escura. Seu coração está seco, rígido, frio. Seu corpo é apenas uma caixa, aprisionando um sem-fim de emoções. Ela sente-se cansada e desiste de pensar e de sentir. Olha para o céu e gosta do desenho das nuvens.

Saindo de casa

sábado, dezembro 23, 2006

To me sentindo como se estivesse fazendo tudo errado. "Como se estivesse" não, eu estou fazendo tudo errado. Mas eu estou cansada, e me sentindo tão, tão, tão despreparada pra lidar com tudo isso. Queria uma ajuda, um apoio, um direcionamento. Cadê meus pais nessa hora? Onde eles estiveram esse tempo todo? Não me sinto preparada pra fazer tudo sozinha, e cada vez mais as responsabilidades ficam maiores e eu aqui, perdida. Que droga. Por que os adultos não criam seus filhos para que eles saibam se virar sozinhos? Os meus adultos, pelo menos, não deram muita bola pra essa coisa de "criar cidadãos", ou "criar para a vida", essas frases bonitas. Na verdade, nem sei se deram muita bola pra esse papo de criar filhos...

Queria presença, apoio, conselhos. Dicas. "Faz assim", "faz assado", "desse jeito aqui funciona". Mas só tenho indiferença e tapas na cara.

Acho que já vou tarde...

Gatinhos

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Ontem os gatos assistiram pela primeira vez ao Karajan regendo a Filarmônica de Berlim nas Quatros Estações. Morreram de medo, tadinhos. Janus saiu correndo e se escondeu do outro lado do quarto logo nos aplausos do início. A Schala ficou curiosa, intrigadíssima: mas música não saía daquele outro aparelho? Esse passava só imagens e ruídos! Ela ficou assistindo um tempo, acho que chegou a ver o Verão inteirinho sentada na frente da TV. Uma graça.

De madrugada e de manhã, eles destruíram o quarto. Eu só ouvia os barulhos de papéis caindo no chão, gatos correndo alucinados pelo quarto, CDs derrubados. Até o anti-social do Janus resolveu encher meu saquinho e morder meus dedos do pé enquanto eu dormia. Resultado: cansaço absoluto, um quarto hiper bagunçado e crianças dormindo, quietinhas, agora à tarde. Eu mereço...

Resumo

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Dia tranqüilo, Natal chegando. Passeio com mãe, compras com mãe. Chateação com mãe - mas ela não percebeu, então tudo bem. Presente pra mãe. Gripe chata. Gatos na cama. É, no plural: Janus tá sociável. Muito sono de dia, nenhum sono agora à noite. Namorada fofa. Não-fome. Ensaio, apresentação amanhã. Ordem cronólogica de merda essa, hein? Enfim. Menina dorme na cama ao lado, eu no computador. Sem sono. Vontade de abraçar...

Sobre entrega

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Eu me entreguei, me doei. Arrisquei tudo: agora é hora. Eu sabia que gostava muito mais de ti do que aquilo que eu andava sentindo, mas morria de medo. Foda-se o medo, eu quero que ela saiba, pensei. E foi. Dei tudo que podia dar, é até ridículo falar isso, foi só uma noite - mas pra mim não foi só uma noite. Foi minha alma, meus sentimentos, meus medos, minhas emoções, meu coração, meu corpo, meus traumas e minhas vontades. Foi intenso, como era no começo, e como eu me esforcei tanto para esconder. Mas esconder tudo isso estava me matando e estava nos matando, então resolvi mostrar. Abri tudo. Te dei tudo. Fiquei vulnerável, e agora essa palavra me parece tão mais vulnerável do que me parecia antigamente, talvez porque hoje eu saiba os riscos dela. Mas quem liga para o tamanho da queda? Eu queria que soubesses. E explodi de um jeito que tu nunca tinhas visto, e não sei se vais ver algum dia de novo. Esses momentos costumam não voltar.

Hoje eu só queria ter certeza de que tinhas percebido. Queria que tu demonstrasses, "estou disposta". "Pode vir, eu te seguro". "Vai dar tudo certo", e "sim, vale a pena". Mas não foi isso que aconteceu.

Normalmente eu andaria a cidade inteira. Iria parar no eixão, ficaria dando voltas na cidade. Mas lembrar dos gatinhos me fez vir direto para casa.

Espero que você tenha uma boa noite.

Coisas enormes, fim de dia estranho

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Cansada, chateada, irritada... tudo tá ótimo, mas o fim do dia foi o erro. O que foi que aconteceu que eu não vi? Só sei que uma hora estávamos as duas no carro, sem se falar, o clima terrível. E nenhuma das duas estava errada, ou certa, e nenhuma das duas tinha por que pedir desculpas (droga de mania a minha de pensar se há certos e errados, o mundo não se divide nisso). E sei lá, uma droga.

A gente deveria estar comemorando, estourando champagne, fazendo amor. Se fofinhando, e sem gatos no meio (já teve gato demais hoje). E tá tudo esquisito.

Odeio quando não consigo conversar com ela pelo MSN. O assunto não vem, as frases não saem, e a conversa fica parada. E, mesmo quando ela fala, eu não sei o que dizer. Que merda, será que eu desaprendi a namorar?

Gosto dela, e o dia deveria terminar bem. Coisas enormes hoje, será que bateu o peso da responsabilidade? Vamos ser gente grande agora. E eu gosto da idéia de isso estar acontecendo com ela. E, mesmo quando a gente briga (ou seria especialmente quando isso acontece?), eu tenho certeza de que a gente se merece.

De volta!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Blog de volta.

Com 3 blogs pela internet, esse fica sendo o meu espaço pessoal e de Águeda "inteira". (Posso dizer que é um blog holístico?) Não só a lésbica, não só a agressiva, não só a apaixonada. Toda-Águeda.

Inclusive as coisas chatas que ninguém quer saber, como gatos e universidade. Mas quem se importa? Esse blog nunca quis ser pop.

Volta a ser um registro dos meus dias.

Blog parado.

sábado, setembro 16, 2006

Parado, não fechado.

Esse blog está em crise de identidade. Ando escrevendo mais para os outros dois (!) blogs e para o fotolog. Não sei o que colocar aqui, para ser honesta. Quando eu descobrir para que serve esse espaço preto-e-vermelho eu volto a postar.

Conto

terça-feira, agosto 08, 2006

Eu queria escrever um conto que flutuasse. Ele seria quase um sonho, e alcançaria as pessoas através do ar. E elas não entenderiam o que acontecia - a incômoda sensação de paz. O sorriso que não pede licença. As pessoas respirariam o conto, e devolveriam suas palavras com mais vida, a história cada vez mais rica de detalhes e de sonhos individuais. O conto seria expirado mais feliz, e assim passaria de pessoa para pessoa, cada uma se sentindo estranhamente bem e devolvendo ao mundo uma história mais completa.

E assim o dia transcorreria com mais naturalidade e com mais sol. Os cafés seriam tomados em xícaras grandes, gordas, ao som dos passarinhos. Os ônibus da cidade estariam limpos e - bem mais - coloridos. As mãos mais quentes, e os olhares mais brilhantes.

E ninguém perceberia mudança nenhuma, pois nada acontecera. Nada mudara nesse amanhecer, a paz não havia sido anunciada no mundo, e mesmo se tivesse, quem se importaria? Nada mudaria. Ah, mas meu conto mudaria as pessoas; entraria na alma delas e limparia a bagunça. As pessoas assoviariam e passariam a se importar com as outras. Elas chorariam quando sentissem vontade, e confiariam seus segredos às outras. Não, não! Não haveriam segredos. Apenas o mistério daquela súbita alegria, daquele sol tão esplendoroso, em uma manhã de terça-feira.

Preguiça/tédio/licenciatura

quinta-feira, julho 27, 2006

Tanto tempo que eu não tinha um período calmo para respirar que eu até tinha esquecido o tanto que eu posso ficar chata.

(E muitas vezes sem razão.)

Como diria Garfield: "há tédio até onde a vista alcança".

xxx

Férias (auto-decretadas) boas, preguiça pra sempre. Um semestre a mais, um a menos, que diferença faz, né? Se a gente tem que encarar a licenciatura mesmo, que ao menos seja em doses homeopáticas. Chega de sofrimento condensado em um só semestre. (também, didática + oeb + tim faz isso com as pessoas.)

Não agüento mais a cara da UnB!

Realidade, hoje.

segunda-feira, julho 24, 2006

Tive sonhos ruins hoje. Uma série de sensações voltaram. Rejeição, raiva, tristeza, medo, angústia, sofrimento. Dor. Aquele aperto no peito de novo, aquele desespero. A vontade de chorar que nunca passa. Acordei sem muita noção de tempo, de amores. A minha calma, que já durava algumas semanas, desapareceu. Tristeza, rejeição.

Olhei para o lado. Abracei forte minha Flor, vontade de pedir ajuda. Não me deixa sentir aquilo de novo, por favor, não quero. Promete que vai ser diferente... promete que você não vai me abandonar. Promete que não vai me trocar, me rejeitar, nem me tratar como algo vergonhoso. Promete que vai cuidar de mim, que vai dar tudo certo. Promete que me ama.

- Promete?

- Prometer o quê? - ela sorriu, doce.

Tantos pedidos, nenhum deles era possível. Nenhum "sim" seria verdadeiro - como controlar o futuro? Eu também não sabia o que eu queria que ela prometesse, só que dissesse sim. Promete que não vai doer, promete que você vai ser sincera, promete que eu vou poder confiar. Mas eu sabia que nenhuma resposta me acalmaria: que garantias eu teria com um "sim"? Nem eu sabia o que pedir.

Acabei falando algo parecido com o seguinte:

- Promete que você vai sempre ser minha amiga?

Ao que ela respondeu, sem demora:

- Sim, acima de tudo, sempre.

Vida boa...

domingo, julho 23, 2006

Eu não estou acostumada a uma vida tão boa e tranqüila.

(nem a momentos cinematográficos)

Como falar sobre pôr-do-sol, beira do lago, trilha sonora e fogos de artifício? Melhor não falar.

"...uma coisa que já está acontecendo?"

terça-feira, julho 18, 2006

E tem vezes que o processo pára.

Será que é medo de tentar?

Ou será que é, de modo inverso, o desejo que aconteça?

Só sei uma coisa: tudo acontece na hora errada, sempre. No mundo. Na vida.



(eu me saboto?)

gato.

sexta-feira, julho 14, 2006

Acho que a Nina tá grávida.

Não me sinto preparada pra ser avó...

 
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