Cansada de letras de músicas

segunda-feira, janeiro 24, 2005

É isso aí, cansei. Hora de postar algo escrito, e não copiado e colado. Mas eu não sei bem o que dizer... estou com a impressão de que tanta coisa aconteceu nos últimos dias, e na verdade pouca coisa que deva ser dita. Me diverti bastante, passeei um bocado, mas ainda estou com a sensação de unfinished business - não me pergunte o quê. Talvez por causa da UnB, que ainda não acabou de verdade e eu já estou louca/viciada em The Sims 2, ou por causa do Curso de Verão, no qual eu não consegui me inscrever... não sei. Eu sei que é uma sensação meio chata, boba, por enquanto pequena, mas se eu der atenção demais - ou nenhuma - vai crescer e vai me aperrear.

Bom... como eu disse, viciei em The Sims 2. Já criei meu alter-ego e joguei com ela o fim de semana inteiro. Fofíííííssima, minha Schala. Adulta, ruiva, com aspiração por conhecimento, carreira de cientista e uma casa muito bem decorada, com paredes creme e de tijolos aparentes - e com neon!! E, claro, com piano. Aaaah!! Eu amo a minha casa.

What else, what else... hehehe... isso me lembra o cara do Orkut, escrevendo "worse yet". Aff! Deixa pra lá... eu e minha crítica gigantesca. Eu estava melhor, juro que estava! E hoje eu li a entrevista do ma-ra-vi-lho-so Lincoln no jornal, e ele falando que não conseguia relaxar em lugares com música ao vivo. Oba!! Um passo andado! Será que um dia eu fico como ele?

(Se um dia eu decidir que eu *quero* ficar como ele, quem sabe eu fique... mas até hoje, não me decidi entre canto, piano, regência, correpetição, arranjos, cello, produção... ou nada disso)

Out this... ai ai, eu não me agüento... =) tá, sério agora: fora isso, nada de novo... as dúvidas ainda estão aí, os medos, inseguranças e incertezas... nada mudou de verdade. ("mudaram as estações, nada mudou...") Ah! Isso me lembrou as Quatro Estações do Vivaldi, nossa, vi pela primeira vez uma gravação que eu achei tão boa quanto a minha amada do Lorin Mazeel: a gravação do Karajan. Aliás, tente falar Karajan com a boca cheia: Caraiã, Caraião, não rola meeeeeeesmo! Não recomendável para crianças com menos de 8 anos. Ou sei lá. Eu dizia o quê mesmo? Ah, as dúvidas. É. Ao menos decidi manter a cor do cabelo. Yay! "Comi scoglio bla bla bla", ou, eu sou constante como uma pedra... hehehe... então tá... uma frase que eu não ouço há muuuito tempo: "quem não te conhece que te compre!" Mas, ah! Um dia eu serei constante. E madura, e responsável, intelectual, alto nível, saca? Estilosa e segura, divertida, elegante, culta, sofisticada (aff!! sophisticated lady tocando de fundo agora) e artista e "viajada" e conhecedora de um monte de coisas. E com uma casa muitíssimo bem decorada! hehehe vou ler isso daqui a uns anos e vou rir tanto......................

Sugar

quarta-feira, janeiro 19, 2005

SUGAR

Quando a tarde cai, penso em você
e nos caminhos que eu devia.
Céu, estrada aberta pro mar
(Sugar)
É só começar.
Tarde da noite nunca é tarde demais
pra imaginar você aqui.
Só o beijo pode acalmar
(Sugar)
suas dúvidas.
E a vida pode ser feliz...
Mesmo por instantes, mesmo por um triz.



Fazendo o trabalho do Purcell... ai ai, tanta coisa que eu queria dizer... será que eu consigo?

Mais umas de amor

sexta-feira, janeiro 14, 2005

ADORATION
John Keats (1795-1821)

Asleep! O sleep a little while, white pearl!
And let me kneel, and let me pray to thee,
And let me call Heaven's blessing on thine eyes,
And let me breathe into the happy air
That doth enfold and touch thee all about,
Vows of my slavery, my giving up,
My sudden adoration, my great love!



OUVE O SILÊNCIO
Vinícius de Moraes (1913-1980)

Cala, ouve o silêncio, ouve o silêncio
Que nos fala tristemente desse amor
Que não podemos ter
Não fala, fala baixinho
Diz bem de leve um segredo
Um verso de esperança em nosso amor
Não ó meu amor!
Canta a beleza de viver!
Saúda o sol e a alegria de amar

Em nossa grande solidão!



APENAS MAIS UMA DE AMOR (trecho)
Lulu Santos/Nelson Motta

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido

Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer

Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
(E eu vou sobreviver...)
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

Czary

quinta-feira, janeiro 13, 2005

[Música de Chopin]

CZARY

Stefan Witwicki (1801-1847)


To są czary, pewno czary!
Coś dziwnego w tym się śiwięći;
Dobrze mówi ojciec stary,
Robię, gadam bez pamięci.

W każdym miejscu, każdą dobą,
Idę&cw lasy czyli w jary;
Zawsze widzę ją przed sobą.
To są czary pewno czary!

Czy pogoda sprawia ciszę,
Czy wiatr łamie drzew konary;
Zawsze, wszędzie głos jej słyszę
O! to pewno, pewno czary!

W dzień się myślą przy niej stawię,
W nocy kształt jej biorą mary;
Ona przy mnie w snach, na jawie:
jestem pewny, że to czary!

Gdy z nią śpiewam, czuję trwogę
Gdy odejdzie, żal bez miary;
Chcębyć wesół i nie mogę!
Ani wątpić, że to czary!

Na to miłe słówko rzekła,
Przywabiła mnie do domu,
By zdradziła by urzekła!
Ufajże tu teraz komu!

Lecz czekajcie, mam ja radę,
Po miesiącu znajdę ziele;
A gdy zdradą spłacęczdradę,
Będzie, musi być wesele!

Em algum lugar

terça-feira, janeiro 11, 2005

EM ALGUM LUGAR

Deve existir, eu sei que deve existir

Algum lugar onde o amor

Possa viver a sua vida em paz

E esquecido de que existe a dor

Ser feliz, ser feliz, bem feliz.

[Poema de Vinícius de Moraes e música de Claudio Santoro.]


Der Wanderer

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Do lied Der Wanderer (D. 493), de Franz Peter Schubert (1797-1828).

DER WANDERER
Georg Philipp Schmidt von Lübeck (1766-1849)

Ich komme vom Gebirge her,
Es dampft das Tal, es braust das Meer.
Ich wandle still, bin wenig froh,
Und immer fragt der Seufzer, wo?

Die Sonne dünkt mich hier so kalt,
Die Blüte welk, das Leben alt,
Und was sie reden, leerer Schall;
Ich bin ein Fremdling überall.

Wo bist du, mein geliebtes Land?
Gesucht, geahnt, und nie gekannt!
Das Land, das Land so hoffnungsgrün,
Das Land, wo meine Rosen blühn.

Wo meine Freunde wandelnd gehn,
Wo meine Toten auferstehn,
Das Land, das meine Sprache spricht,
O Land, wo bist du? . . .

Ich wandle still, bin wenig froh,
Und immer fragt der Seufzer, wo?
Im Geisterhauch tönt's mir zurück:
"Dort, wo du nicht bist, dort ist das Glück."



[Tradução para o inglês]



THE WANDERER

I come down from the mountains,
The valley dims, the sea roars.
I wander silently and am somewhat unhappy,
And my sighs always ask "Where?"

The sun seems so cold to me here,
The flowers faded, the life old,
And what they say has an empty sound;
I am a stranger everywhere.

Where are you, my dear land?
Sought and brought to mind, yet never known,
That land, so hopefully green,
That land, where my roses bloom,

Where my friends wander
Where my dead ones rise from the dead,
That land where they speak my language,
Oh land, where are you?

I wander silently and am somewhat unhappy,
And my sighs always ask "Where?"
In a ghostly breath it calls back to me,
"There, where you are not, there is your happiness."




IMPROMPTU op. 02

A cidade ontem, após a chuva, estava dourada... fiquei com raiva da alegria calma, do fim de tarde gostoso, do ouro brilhando no cinza do asfalto... a cidade estava linda. E eu odiei isso. Ela não deveria estar! Eu fechava os olhos, mas o sol atravessava minhas pálpebras, queria dizer "estou aqui! Abra os olhos! Estas cores são para vocês!" Por que logo hoje? Por que agora? Eu nunca tinha visto o eixo monumental e a ponte tão bonitos... o caminho do Lago... Brasília estava esplendorosa. E Cazuza cantava, cantava como nunca - ou talvez eu o estivesse ouvindo como nunca, o que é bem mais provável... eu chorava, chorava, pensava em muitas situações, passado, futuro, mas nada no presente. O presente era aquela cidade cheia de cores e de cheiros, e eu estava triste. Eu queria a tristeza do passado que não se repetiria, o medo da incerteza do futuro... não o presente, a bela tarde de 7 horas da noite. Alma romântica...

Pensando em muita coisa

domingo, janeiro 09, 2005

Não sou muito fã da Carmen (a personagem, não a ópera), mas essa ária é uma boa ária pra tudo que está na minha cabeça...

Quand je vous aimerai?

Ma foi, je ne sais pas,

Peut-être jamais, peut-être demain.

Mais pas aujourd'hui, c'est certain.


L'amour est un oiseau rebelle

Que nul ne peut apprivoiser,

Et c'est bien en vain qu'on l'appelle,

S'il lui convient de refuser.

Rien n'y fait, menace ou prière,

L'un parle bien, l'autre se tait;

Et c'est l'autre que je préfère

Il n'a rien dit; mais il me plaît.

L'amour! L'amour! L'amour! L'amour!


L'amour est enfant de Bohême,

Il n'a jamais, jamais connu de loi,

Si tu ne m'aime pas, je t'aime,

Si je t'aime, prend garde à toi!

Si tu ne m'aime pas,

Si tu ne m'aime pas, je t'aime!

Mais, si je t'aime,

Si je t'aime, prend garde à toi!

Si tu ne m'aime pas,

Si tu ne m'aime pas, je t'aime!

Mais, si je t'aime,

Si je t'aime, prend garde à toi!


L'oiseau que tu croyais surprendre

Battit de l'aile et s'envola;

L'amour est loin, tu peux l'attendre;

Tu ne l'attend plus, il est là!

Tout autour de toi vite, vite,

Il vient, s'en va, puis il revient!

Tu crois le tenir, il t'évite;

Tu crois l'éviter, il te tient!

L'amour, l'amour, l'amour, l'amour!


L'amour est enfant de Bohême,

Il n'a jamais, jamais connu de loi,

Si tu ne m'aime pas, je t'aime,

Si je t'aime, prend garde à toi!

Si tu ne m'aime pas, je t'aime,

Si je t'aime, prend garde à toi!

Si tu ne m'aime pas,

Si tu ne m'aime pas, je t'aime!

Mais, si je t'aime,

Si je t'aime, prend garde à toi!

Si tu ne m'aime pas,

Si tu ne m'aime pas, je t'aime!

Mais, si je t'aime,

Si je t'aime, prend garde à toi!

[O Mozart está indo hoje... espero que tudo dê certo para ele na Bélgica, e que ele tenha paciência, força e coragem pra conseguir recomeçar tudo do zero.]

Felicidade interna (expandindo)

quarta-feira, janeiro 05, 2005

Sim, eu estou com uma preguiça enorme de escrever, mas não é por isso que vou deixar de atualizar agora que peguei a freqüência de novo...

Como eu só tava cantando música popular, até me surpreendi quando algo dentro de mim resolveu mudar de ares. Decidi aproveitar que estou com ânimo para terminar o semestre e vou voltar a estudar. Hoje comprei o material para a aula de amanhã de FLV, mas o que mais me interessa, claro, são as matérias da música. Na verdade, o que me interessa mesmo é a Música. Aquela, com M maiúsculo, protagonista do Orfeo de Monteverdi (será isso mesmo?).

Voltei da viagem seca pra cantar, vou estudar a Olympia, e ela vai sair! Pode não sair muito bem, mas sai. E a Zerlina, e também quero levar a Despina (adoro ela). Levar pra onde? Curso de Verão, claro! Tá chegando, e a minha voz tá *nada* trabalhada. Mas vou fazer de qualquer jeito. Com o Frias, claro, terapia de choque. Mas claro que vou dar uma olhadinha na aula do outro professor.

[aviso: parágrafo com jargão técnico adiante. sinta-se confortável em não ler]

Saudades da Música! Adoooooro erudito, e não quero entrar em discussão de "não existe divisão entre erudito/popular", existe sim, e minha praia é o erudito. É muito boooooom... hoje vi o Felipe Lucas estudando o Moszkowsky, escola de notas dobradas, loucura aquilo. Op. 42, n. 2, em sol m, eu acho. LINDO!!! Lindo aquele estudo!!! Eu morri só de ouvir ele estudando... enorme, não acabava, maravilhoso, e ia ficando cada vez melhor. Modulações perfeitas, putz!!, Moszkowsky sabe fazer umas modulações que me matam... um 1-4a menor-1, bobíssimo, empréstimo modal de criança, me faz chorar... amei! Fiquei tão louca com o estudo que pedi para o Felipe me ensinar. Assim, sem livro, sem nada. A única vez na qual eu tentei isso foi com a sonata em Dó M de Mozart, aquela que todo mundo toca, dó, mi sol si, dó-ré-dó... E foi bem divertido. "A sonata das crianças, dos tolos e dos loucos", alguém já disse. Então, eu fui encher o saco dele. E não é que tá saindo? Minhas 3a melhoraram muito, fiz uma escala em 3as de boa. Mas tem umas coisas que vão dar trabalho... fato é: eu vou ter esse livro! Não precisava dele agora, mas vai ser divertido. Difícil, vai dar um trabaaaaaalho... tenho que aproveitar o gás. O Felipe disse que eu já matei umas 2 páginas, duvido, acho que foi só 1. Mas de qualquer jeito...

[fim do parágrafo de jargão técnico]

Então... como eu disse, música clássica! E vivam as óperas! Eu já falei que amo óperas? Profundamente. Adoro. Mais do que barquinhos. (essa foi pro Igor) E a minha ópera favorita, favorita-favorita mesmo, é um dramalhão mexicano: La Traviata, de Verdi. Romââântica...! A personagem principal é a Violetta Valéry, uma cortesã francesa. Personagem ma-ra-vi-lho-sa, mas que eu nunca vou cantar (ai ai!). A ária que eu vou pôr, porém, é do Alfredo Germont, o "mocinho". Tenor, claro. Assim como a mocinha, a Violetta, é soprano. Por sinal, dona de uma das árias mais impossíveis e belas já criadas para Soprano. Mas voltando, nessa ária que eu vou pôr, do Alfredo, ele está se dedicando para a Violetta. 1o ato, início da ópera, surgimento do conflito... na hora, obviamente, ela responde não - como uma cortesã, ela deve viver para o prazer, e não para o amor. Mas a continuação fica para depois. E viva o bel canto!



UN DÌ, FELICE, ETEREA

Un dì, felice, eterea,
Mi balenaste innante,
E da quel dì tremante
Vissi d'ignoto amor.
Di quell'amor ch'è palpito
Dell'universo intero,
Misterioso, altero,
Croce e delizia al cor.

Estooooou de vooolta pro meu aconcheeeego

terça-feira, janeiro 04, 2005

E aêêê!

Era pra eu ter postado isso antes de viajar, mas a internet no hotel deu pala. =/ Anywayz, aí vai, um trecho de uma música que o Ross cantava pra mim seeeempre que a gente estava chegando em Brasília, durante nosso 1o ano aqui. E, claro, eu odiava profundamente!



Plano Piloto
Asas abertas sobre o Paranoá
Este rock é só porque
Brasília, eu gosto de você
A candanga vai dançar
Seu corpo todo balançar



Fala sério, eu tive que ouvir isso demais. Mas irmão mais velho é pra essas coisas, né? Bom, o que importa é que eu tô em Brasília, com mó ânimo pra retomar as aulas e ver a galera. Ontem já teve sessão de vídeo aqui em casa, hoje eu vou comprar tintas (??? é, isso aí)... pena que elas são guache, eu gosto tããããão mais de tinta acrílica... =)

...

sábado, janeiro 01, 2005

Me sentindo triste e só...



SHANGRILÁ

De repente eu me vejo
Amarelada,
Bodiada,
Sem ninguém
Nessas horas aparece
A preguiça
A vontade
De sumir...
De vez.
Mas se me der na telha sou capaz de enlouquecer
E mandar tudo praquele lugar
E fugir com você pra Shangrilá
E me deixar levar
Por um beijo eterno
Por seu corpo envolvente
Mais quente que o inferno.

 
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