Preguiça/tédio/licenciatura

quinta-feira, julho 27, 2006

Tanto tempo que eu não tinha um período calmo para respirar que eu até tinha esquecido o tanto que eu posso ficar chata.

(E muitas vezes sem razão.)

Como diria Garfield: "há tédio até onde a vista alcança".

xxx

Férias (auto-decretadas) boas, preguiça pra sempre. Um semestre a mais, um a menos, que diferença faz, né? Se a gente tem que encarar a licenciatura mesmo, que ao menos seja em doses homeopáticas. Chega de sofrimento condensado em um só semestre. (também, didática + oeb + tim faz isso com as pessoas.)

Não agüento mais a cara da UnB!

Realidade, hoje.

segunda-feira, julho 24, 2006

Tive sonhos ruins hoje. Uma série de sensações voltaram. Rejeição, raiva, tristeza, medo, angústia, sofrimento. Dor. Aquele aperto no peito de novo, aquele desespero. A vontade de chorar que nunca passa. Acordei sem muita noção de tempo, de amores. A minha calma, que já durava algumas semanas, desapareceu. Tristeza, rejeição.

Olhei para o lado. Abracei forte minha Flor, vontade de pedir ajuda. Não me deixa sentir aquilo de novo, por favor, não quero. Promete que vai ser diferente... promete que você não vai me abandonar. Promete que não vai me trocar, me rejeitar, nem me tratar como algo vergonhoso. Promete que vai cuidar de mim, que vai dar tudo certo. Promete que me ama.

- Promete?

- Prometer o quê? - ela sorriu, doce.

Tantos pedidos, nenhum deles era possível. Nenhum "sim" seria verdadeiro - como controlar o futuro? Eu também não sabia o que eu queria que ela prometesse, só que dissesse sim. Promete que não vai doer, promete que você vai ser sincera, promete que eu vou poder confiar. Mas eu sabia que nenhuma resposta me acalmaria: que garantias eu teria com um "sim"? Nem eu sabia o que pedir.

Acabei falando algo parecido com o seguinte:

- Promete que você vai sempre ser minha amiga?

Ao que ela respondeu, sem demora:

- Sim, acima de tudo, sempre.

Vida boa...

domingo, julho 23, 2006

Eu não estou acostumada a uma vida tão boa e tranqüila.

(nem a momentos cinematográficos)

Como falar sobre pôr-do-sol, beira do lago, trilha sonora e fogos de artifício? Melhor não falar.

"...uma coisa que já está acontecendo?"

terça-feira, julho 18, 2006

E tem vezes que o processo pára.

Será que é medo de tentar?

Ou será que é, de modo inverso, o desejo que aconteça?

Só sei uma coisa: tudo acontece na hora errada, sempre. No mundo. Na vida.



(eu me saboto?)

gato.

sexta-feira, julho 14, 2006

Acho que a Nina tá grávida.

Não me sinto preparada pra ser avó...

Ensaio sobre a saudade.

sábado, julho 08, 2006

Não é o que será escrito agora. O "ensaio sobre a saudade" foi escrito ontem, durante uma conversa. Hoje ficam as lembranças, as sensações. Alguns argumentos. Frases de efeito.

"A saudade escraviza."
"Só existe saudade quando se postula que um certo período de tempo foi maravilhoso, perfeito, incrível e - o principal - insuperável."
"Você sente saudade de coisas, pessoas, eventos e lugares que não existem mais. Eles ficaram no passado. Você fala com a pessoa hoje mas não cria uma história nova; você acha que gosta dela e sente saudade dela, mas você sente saudade do que já foi, do que não é mais."

Relatos pessoais.

"Eu ia pra Belém e tudo estava diferente. Não era a minha cidade, aquela que eu tinha saudade. Eu não morava mais lá; eu não estudava mais lá. Meus amigos tinham que abrir espaço na agenda pra mim. Aquele lugar não me pertencia mais, ou eu não pertencia a ele, ou os dois. Mas quando eu voltava pra Brasília eu sabia que aqui também não era meu lugar. Vivia num limbo."

Conjecturas, medos.

"Se eu voltasse, não sei se minha 'melhor amiga' seria minha 'melhor amiga'. O tempo do relacionamento mudou, o timing. Não a conheço mais. Não sei o prato favorito dela, a cor favorita, a roupa que ela mais usa, o CD que ela está ouvindo, o lugar pra onde ela saiu fim de semana passado. Não sei se saiu, não sei com quem ela anda. Não sei se a amizade sucumbiria à presença. À falta da saudade."

Pensamentos que eu não externalizei.

"Tantas músicas hoje na rádio, todas me trazem ela. De um modo ou outro, ela está lá, em todas. Seja porque gostava, porque desgostava ou sei lá por que. E me deu uma saudade tão boa, e eu fiquei feliz com isso. Não trouxe dor, desespero ou angústia. Fiquei feliz ao ouvir, eu sorria lembrando de tudo. Saudades. A dita saudade boa. Mas será mesmo? A saudade engana. Escraviza. Nós nos acostumamos a ser reconfortados por ela e esse conforto nos prende. Não nos deixa seguir adiante. Ficamos presos a lembranças, e por melhor que seja a sensação, ela não te deixa viver o presente. Já tive muita saudade. Não quero ter de novo..."

O efeito da saudade.

"Parece que fica tudo cinza, não parece? O tempo não passa. Tudo é muito triste e dolorido, e só o pensamento no passado acalma. Já chorei tanto, tanto... e o pior é perceber que eu não chorei por uma pessoa, eu chorei por uma época que já foi. Por uma lembrança."

E mais reflexões sobre a saudade.

"Eu não tive saudade de tanta gente e tanta coisa que passou na minha vida. Talvez porque eu não acreditava que aquele tinha sido o melhor período da minha vida. Insuperável."
"Tão humano... e ao mesmo tempo não. É ridículo pensar que é humano sentir saudade. Não é. Mas a saudade é algo que te humaniza de alguma forma... te faz real."
"Existe a saudade boa e a saudade ruim. Mas será que as duas são tão diferentes assim? Talvez a linha seja muito tênue. Talvez seja só o tanto que você se deixa levar pela saudade."

E a pergunta que iniciou tudo.

"Você já sentiu muita saudade? Muita muita muita saudade mesmo?"

 
Odeio Cócegas - by Templates para novo blogger