Desestressando...

sábado, maio 28, 2005

Então, é sábado, eu estou sem computador, a Marina tá aqui e eu tive uma crise de estresse terça-feira. Descanso, enfim! Amanhã eu me preocupo com o fichamento de ELEHA e com os desenhos. Depois do Paintball, de preferência.

Bobagens e desabafo em cima do mito do país único

domingo, maio 22, 2005

Às vezes nem sei o que escrever aqui... ando me sentindo meio limitada. Meus pensamentos são sempre os mesmos, eu tenho umas besteiras desde criança que me tomam de vez em quando... parece que não consigo sair do meu moldezinho, e ele não anda muito interessante.

Hoje eu tava pensando como algumas músicas trazem lembranças, sim, nada de novo, mas eu acho impressionante como eu posso ter algumas lembranças cristalizadas de tão pouco tempo atrás...

"Eu quero uma casa no campo..." - não, eu nem tava falando dessa música. Mas hoje de tarde eu olhei pro jardim aqui de casa, aquela rede lá à toa, e nem parecia que eu tava morando numa cidade, assim, cidaaaade, tá certo que não é uma cidade "grande", mas é uma "cidade", espaço urbano, trânsito caótico, assim vai.

Ah! Até que eu tinha um negócio pra desabafar. Diogo Mainardi. Não, eu nem odeio ele não, mas fiquei chateadinha com a parada de Cuiabá. Como isso aqui é um blog, teoricamente um diário virtual, e na minha cabeça ninguém vem aqui (por mais que venha), não vou argumentar muito não, vou só jogar minhas sensações (as I always do). Quando eu li o que ele escreveu, já na réplica/tréplica/whatever, me deu aquela sensação de "que merda, sudeste-Brasil de novo". Explicando... o Brasil é só o sudeste. Cuiabá não é Brasil, o Acre não existe, sempre isso. Nordeste só é Brasil porque livros e filmes colocaram "coitadinhos, seca!" e "retirantes" no vocabulário "nacional" (por nacional leia-se carioca/paulista, já que eles mandam no Brasil). Ah! E Nordeste também são as ótimas praias. E só nesse sentido fazem parte do Brasil o Centro-Oeste (tirando BSB do Centro-Oeste por razões óbvias) e Norte: salvem a Amazônia e o Pantanal! Ah, que raiva eu tenho! Que revolta... muitas coisas me vem à cabeça, que vão desde os riberinhos desconsiderados no discurso "salvem a Amazônia", passando pelo açaí com banana dos "brasileiros", pelo cupuaçu japonês e chegando na rede Globo e sua cobertura de 20 segundos anual do Círio de Nazaré, "uma das maiores procissões católicas do Norte do país". PQP! Coisas que não devem mudar tão cedo... E eu nem tô sendo bairrista loucamente... sei que tem muita coisa ruim, e é muita mesmo... mas sabe? Com todos os seus defeitos... eu ainda tenho o maior orgulho de cantar "Eu sou de um país que se chama Pará". E tenho a maior tristeza de ver o meu país, ou o país dos outros (sim, pois eu comecei falando de Cuiabá) sendo desprezado pela imprensa "brasileira".

Semana cheia

quinta-feira, maio 19, 2005

(vontade de ficar em casa de pijama)

*tristeza*

. . .

(silêncio)

Várias - post grande

domingo, maio 15, 2005

FOR ME THIS IS HEAVEN
(Jimmy Eat World)

The first star I see may not be a star
I can't do a thing but wait
So let's wait for one more

And the time, such clumsy time
In deciding if it's time
I'm careful, but not sure how it goes
You can lose yourself in your courage

When the time we have now ends
And when the big hand goes around, again
Can you still feel the butterflies?
Can you still hear the last goodnight?

And the mindless comfort grows
When I'm alone with my "great" plans
This is what she said gets her through it
"If I don't let myself be happy now, then when? if not now when?"

When the time we have now ends
And when the big hand goes around, again
Can you still feel the butterflies?
Can you still hear the last goodnight?

I close my eyes and believe
That wherever you are, an angel for me

When the time we have now ends
And when the big hand goes around, again
Can you still feel the butterflies?
Can you still hear the last goodnight?



Recebi essa letra de um amigo meu, e veio em boa hora...

Ando chata, cansada, triste, niilista. Sem motivo... ou talvez eu esteja escondendo de mim o motivo... mas acho que não. Tá tudo tranqüilo, as coisas estão encaminhadas, não tem razão de eu ficar triste (talvez eu esteja escondendo só um pouquinho).

Hoje tive mais sonhos estranhos, foi um sonho lúcido que não foi bom, me deixou um pouco angustiada - todos os meus sonhos lúcidos são ruins, eu só consigo ficar consciente quando alguma coisa terrível está pra acontecer no sonho - então, foi um sonho ruim, mas não chegou a ser um pesadelo. Egrégora é um negócio foda, desde que o Fillipe me deu a bagacinha dos sonhos eu não tenho pesadelos por nada desse mundo. Tenho sonhos ruins, mas pesadelos não tive mais. E tem uma diferença gritante... pelo menos para quem tinha pesadelos de acordar de madrugada e não dormir mais de medo. Mas ah! A gente aprende, né? Devo ter aprendido alguma coisa, além de controlar meus sonhos. Eu digo, alguma coisa de verdade, para a vida. Tem muita coisa que eu ainda não entendi, de repente um dia cai a ficha...

Às vezes (muitas vezes) eu tenho vontade de me voltar pro meu inconsciente completamente... me conhecer... trabalhar com símbolos e significados, me descobrir, eu devo ter tanta coisa de mim que eu não sei. Mas o dia-a-dia puxa a gente, sempre racional, sempre pensando muito... não tô afim de ser racional agora... mas eu posso só estar afundando num mar de bagunça psicológica que vai me deixar perdida. (as usual)

Tenho tanta coisa pra fazer essa semana... amanhã tem uma paisagem pra entregar na aula de desenho, 2 trabalhos para a aula de P.E., talvez prova de Harmonia, na terça eu deveria continuar a prova de Harm. e Improv., mas eu devo ir pro Teatro, não sei ainda... hmmm, se bem que eu tenho aula de piano à noite, não vou faltar de jeito nenhum. Quarta a mesma coisa... hmmm não! Quarta eu tenho prova de canto às 4. Ok, anotado. Quinta, o que tem quinta? Quinta eu apresento trabalho de Evolução. Wolf. Só. Sexta eu descanso, porque chega, né? Semana corrida...

Vontade de ouvir música francesa... meu media player só anda vendo Duparc, Poulenc, Debussy e Fauré ultimamente... mas... é hora... não é sempre que a música francesa entra... como Villa-Lobos: "uma coisa é quando você solfeja e a música entra, outra coisa é quando você solfeja e a música sai". Sim, sim! Não deve ter feito sentido, mas é por aí. Não é sempre que a música francesa consegue alcançar a alma dos ouvintes (ou a subjetividade deles, blé), e isso porque eles não estão "no clima"... é bom aproveitar quando a gente pode entender uma música de verdade. Já consegui entender a abertura sinfônica (é esse o nome?) da Ariadne auf Naxos, do Strauss. Não ouvir e achar legal, entender. Entender os porquês, entender as modulações, as orquestrações, enxergar a beleza real. Fazer sentido. Eu não tenho a menor idéia se dá pra sacar qualé a do meu "entender uma música", porque mesmo amigos meus da UnB do dep. de Música não pegaram muito bem essa minha idéia. Acho que eu preciso aprender a me expressar melhor...

Abaixo, um poema de Baudelaire, musicado por Duparc. A gravação da Jessye Norman é uma das coisas mais lindas desse mundo...



L'INVITATION AU VOYAGE
(Baudelaire/Duparc)

Mon enfant, ma soeur,
Songe à la douceur
D'aller là-bas vivre ensemble,
Aimer à loisir,
Aimer et mourir
Au pays qui te ressemble.

Les soleils mouillés
De ces ciels brouillés
Pour mon esprit ont les charmes
Si mystérieux
De tes traîtres yeux,
Brillant à travers leurs larmes.

Là, tout n'est qu'ordre et beauté,
Luxe, calme et volupté.

Vois sur ces canaux
Dormir ces vaisseaux
Dont l'humeur est vagabonde;
C'est pour assouvir
Ton moindre désir
Qu'ils viennent du bout du monde.

Les soleils couchants
Revêtent les champs,
Les canaux, la ville entière,
D'hyacinthe et d'or;
Le monde s'endort
Dans une chaude lumière!

Là, tout n'est qu'ordre et beauté,
Luxe, calme et volupté.



INVITATION TO THE VOYAGE

My child, my sister,
think of the sweetness
of going there to live together!
To love at leisure,
to love and to die
in a country that is the image of you!

The misty suns
of those changeable skies
have for me the same
mysterious charm
as your fickle eyes
shining through their tears.

There, all is harmony and beauty,
luxury, calm and delight.

See how those ships,
nomads by nature,
are slumbering in the canals.
To gratify
your every desire
they have come from the ends of the earth.

The westering suns
clothe the fields,
the canals, and the town
with reddish-orange and gold.
The world falls asleep
bathed in warmth and light.

There, all is harmony and beauty,
luxury, calm and delight.

Num mundo cristão... (pequeno desabafo)

sábado, maio 14, 2005

Odeio viver num mundo em que você precisa se sentir de culpado toda hora para obter o perdão... é louvável quando alguém consegue conviver com seu martírio, com seu fardo... quanto mais você se arrepende, mais você mergulha dentro e, ao mesmo tempo, foge do seu pecado. Odeio esse ciclo, essa necessidade de receber o perdão... de quem? Para quem? Para quê? A melhor frase que ouvi para a culpa foi "você sente culpa quando não assume o que faz". Pode não ser verdadeiro para muitos, mas para mim é. Eu sei que não devia julgar, cada pessoa sabe como vê as coisas e, no meio do emaranhado da cabeça dela, sabe o que é melhor pra ela. Eu deveria me preocupar com o que é melhor para mim... mas é que eu odeio isso mesmo. Contamina. Você enxerga tudo com os olhos cristãos, eu preciso me sentir terrivelmente mal pelos meus erros, em arrepender disso e carregar isso para o resto da vida - ou até o padre me mandar rezar 1 pai-nosso e 3 aves-marias.

Tosca

quinta-feira, maio 12, 2005

Tosca's finale seems to be prone also to less lethal accidents. The tales are apocryphal, and you can hear them told of many theatres and productions. The most popular is the the bouncing Tosca: Tosca as usual jumps from the walls of Castel Sant'Angelo. But the stage workers had improved her security by replacing the mattress with a trampoline, so that Tosca appeared 2 or 3 times from behind the wall... And the collective suicide: the stage director was giving last-minute instruction to the supers hired as soldiers. There had been no stage rehearsal, and he gave them the usual instruction "exit with the principals". When Tosca leapt from the parapet, seeing no other principals left on stage, they all dutifully jumped after her, giving a Shakespearean greatness to the final tragedy.

Lucia di Lammermoor

quarta-feira, maio 11, 2005

LUCIA
Egli è luce a’ giorni miei,
E conforto al mio penar
Quando rapito in estasi
Del più cocente amore,
Col favellar del core
Mi giura eterna fe’;
Gli affanni miei dimentico,
Gioia diviene il pianto...
Parmi che a lui d’accanto
Si schiuda il ciel per me!

Ella Fitzgerald

terça-feira, maio 10, 2005

COME RAIN OR COME SHINE

I’m gonna love you, like nobody’s loved you
Come rain or come shine
High as a mountain, deep as a river
Come rain or come shine
I guess when you met me
It was just one of those things
But don’t you ever bet me
’cause I’m gonna be true if you let me
You’re gonna love me, like nobody’s loved me
Come rain or come shine
We’ll be happy together, unhappy together
Now won’t that be just fine
The days may be cloudy or sunny
We’re in or out of the money
But I’m with you always
I’m with you rain or shine

Eu adoooro finais grandiosos.

segunda-feira, maio 09, 2005

Tienti la tua paura -
Io con sicura fede lo aspetto!

Rápidas 2

domingo, maio 08, 2005

Estou me sentindo muito Madame Butterfly ultimamente. Tem personagem pior?
(nem Mimì)

(Por que a ópera é Madama Butterfly e a personagem é Madame Butterfly?)

Sonhei com duas luas hoje. Eu olhava para o céu de noite e tinham tuas bolas brancas, uma em cima da outra. E mais outras coisas esquisitas...

Cansada da minha faringe. Eu devia fazer o tratamento, mas eu não tenho o menor saco pra isso. Quando minha vida estiver mais calma, eu juro que cuido da minha saúde.

Sonhei com piano hoje também. Não sei como vou levar esse semestre na escola de música... mesmo.

Vontade de comer besteira. Domingo de manhã, casa parada, todos dormindo, parece que a própria casa está dormindo. Tem uma crônica do LFV que ele fala da Casa, não assim como a minha está agora, mas de noite, quando a gente dorme e ela adquire vida própria. Acho que todo mundo se identifica com aquela crônica.

Adoro intervalos de 4a J em Jazz. Dá um toque tão "sofisticado".

Aumentando minha coleção de mp3. Estou baixando muita, mas muita coisa. Assim, muita coisa para os meus padrões... Em um dia já foram 20 mp3. Claro que eu não pretendo manter o ritmo... mas são legais esses saltos.

Mais da Butterfly: "... he [Puccini] was very taken with the strong female protagonist..." aff! Strong? Então tá. Não digo nada.

Almoço de dia das mães, olha a minha vontade de sair de casa com o nariz que eu tô.

Rápidas

sábado, maio 07, 2005

Mozão me ligou! Woohoooo!

Sábado à noite, minha garganta tá péssima, ando dormindo 2/3 do meu dia, devia estar estudando feito uma condenada...

Mas... o que eu faço da meia-noite às 6 mesmo?

All Love Can Be

segunda-feira, maio 02, 2005

ALL LOVE CAN BE

I will watch you in the darkness
Show you love will see you through
When the bad dreams wake you crying
I'll show you all love can do
All love can do

I will watch through the night
Hold you in my arms
Give you dreams where love will be
I will watch through the dark
'Til the morning comes
All the light
I'll take you through the night to see
A light showing us all love can be

I will guard you with my bright wings
Stay 'til your heart learns to see

All love can be...

Aqua

domingo, maio 01, 2005

E era líquida, densa, escura, espiral. Ondas indo e vindo, pretos e cinzas, água. Ela era toda lembranças e desejos. Suspiros, dores. O que esperava? Introspectiva, o olhar perdido não em um falso horizonte, mas dentro de si mesma. Sensações que afogavam, apertavam, preenchiam e transbordavam. Arrepiava... ondas indo e vindo...

O corpo não existia. Sentiria frio se prestasse atenção... não tinha contornos. Não era delimitada... se fundia com o céu, com o chão. Olhava o mar. O mar estava dentro dela. As ondas estavam dentro dela. Caía, pesava. Respirava. Não sentia.

Lua branca e gorda. O mar escuro, noite, areia azul. Vontade de deitar e ser a areia. Quis ser o céu, as estrelas, mas era água. Pura e somente. Suja e inclemente... parcial, ego, inconsciente, eu. Fundo. Dentro. Apertado, escondido, empoeirado. Eu.

O ar estava úmido, o fechar dos olhos estava úmido. Suas mãos corriam pela areia, tudo estava molhado, tudo estava infectado. Só, ela era só. Mas não sofria por isso... (sofria por alguma coisa?) Ela só sentia tudo, tentava ser tudo, mas só conseguia ser água. E não sentia nada. Inconstante, mutável, severa. Parecia tranqüila... mas balançava, chorava, as lágrimas caíam dentro de si e voltavam para seu mundo interno, abastecendo o mar de emoções, lembranças, sensações, pensamentos...

Intuição. Pequeno ponto de luz... luz que não entrava, ela estava fechada. Absorvia tudo a seu redor, mas nada a tocava. Não diretamente. Fechava os olhos e via, escuro, tormenta, nuvens, vento, dor, rochas, duro, frio. Não sentia frio, mas arrepiava. Os olhos escuros deixavam escapar a quem quisesse ver que ela tinha muito dentro dela, mas não contavam o quê. Ela também não contava. Ela não falava. Para quem falar? Para o vento? Para suas mãos na areia?

Latente. Às vezes ficava ofegante sem perceber – na verdade, ela quase nada fazia conscientemente. Pulsava, não ansiosa como o fogo: hoje ela era líquida, espessa. Revolta. Espumante. Secreta. Era só sentir, ir e voltar, ondas quebrando, quanta coisa dentro de si... Chorava, chorava, e quanto mais chorava, mais tudo crescia. Noite eterna... o mar era seu cúmplice, era ela mesma. Estava aqui e lá. Era um pequeno pedaço do mar na areia, era lágrima. Filha, irmã e senhora, balançava, alternava, correnteza. Doía, mas ela não podia ir contra a força das águas. Ela não queria. Ela era. Só. Água.

 
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